Com a mão na Taça
O Corinthians empatou com o Boca Juniors, em Buenos Aires, há pouco mais de 30 minutos.
Foi um grande passo para a conquista do título, que será disputado na próxima quarta-feira, 4/7, no Pacaembu.
O empate foi um resultado justo, embora isso nem sempre ocorra no futebol.
No primeiro tempo, o Timão foi superior e poderia ter decidido o jogo.
Na segunda etapa, o Boca tocou melhor a bola e teve algumas boas oportunidades de marcar. Seu gol nasceu de uma jogada de escanteio, na qual os argentinos são mestres.
O empate do Timão foi uma bela jogada e teve a genialidade de Romarinho com um toque de craque.
Já ganhamos a Libertadores? Não! Mas um grande passo foi dado e no Pacaembu teremos todas as condições de vencer.
Vamos para frente.
O primeiro tempo terminou e agora é o Pacaembu que dará o ritmo. E lá nós poderemos conquistar mais uma Taça!
A bola vai rolar
(Rebollo. “Futebol”, óleo sobre tela, 1936) (Reprodução)
Francisco Rebollo Gonzales (1902-1980). Pintor modernista, filho de imigrantes espanhóis, participou nas décadas de 1930-40 do Grupo Santa Helena, que reuniu vários artistas no centro de São Paulo. Rebollo atuou como jogador nas categorias de base do Corinthians em meados dos anos 1920. Atribui-se ao artista a concepção gráfica do escudo alvinegro, após 1930.
Essas últimas horas que antecedem um grande jogo são sempre o tempo mais difícil da partida.
Quando a bola rola, tudo fica menos angustiante. Mas este tempo que falta é sempre de tensão.
Daqui algumas horas, o Corinthians começará a decisão de mais um importante título, jogando em Buenos Aires contra o Boca Juniors.
Para todos nós, corinthianos, é sempre um momento de grande satisfação ver o Clube em mais uma final. E nossa torcida é para que os deuses do futebol estejam ao nosso lado. O Corinthians chega à final com todos os méritos e pode ganhar mais um título importante, que se juntará a tantos e tantos já conquistados.
Neste momento, de intensa emoção, recordo-me dos primeiros “heróis” que começaram esta longa e vitoriosa vida do Timão.
Em 1913 (dia 21 de Março) , no estádio do Velódromo (na Rua da Consolação), o Corinthians entrava em campo para jogar a primeira partida eliminatória que o levaria para a Primeira Divisão do Campeonato Paulista. Venceu o Minas Gerais por 1×0, com um gol de Joaquim Rodrigues.
Uma semana depois (dia 30 de março), na segunda e decisiva partida, venceu o o F.C. São Paulo por 4xo, com gols de Fabi (2), Peres e Campanella. Foi uma disputa que marcou todo a história do nosso Clube. Nascido na Várzea (no Bairro do Bom Retiro), o “time dos carroceiros” chegava à elite do Campeonato Paulista. Que este heróis nunca sejam esquecidos: Casemiro do Amaral, Fulvio Benti, Casemiro Gonzales, Francisco Police, Alfredo de Assis, Francisco Lepre, César Nunes, Antpnio Perez, Luiz Fabi, Joquim Rodrigues, Carmo Campanella.
Para sempre vivam nossos heróis!
Hoje à noite, quando a bola rolar, vamos torcer para que nosso time vença como fizeram os “lutadores” de 1913.
Todos nós, os vivos e os mortos, hoje estamos unidos aos 11 craques no estádio da Bombonera.
Como dizia o saudoso Chico Mendes: Vai Corinthians!
O Corinthians é só o Corinthians na Libertadores
(Di Cavalcanti) (Reprodução)
Nesta véspera do primeiro jogo do Corinthians contra o Boca, em Buenos Aires, procuro ler, ouvir e ver quase nada do que diz nossa mídia.
Extensas matérias históricas – quase todas – procurando colocar o Timão em situação ruim. A pretexto de se tratar da importância do jogo de quarta-feira, destilam-se um sem números de bobagens a respeito da história do Clube.
Apontam estatísticas, mostrando um tabu que simplesmente não exite, reúnem números, levantando informações de crédito questionável, apresentam declarações de ex-jogadores, de jornalistas etc, tudo em uma linha para achincalhar o Timão.
Outro dia, desavisadamente, ouvi um destes gênios de nossa mídia esportiva dizer que o Corinthians poderá ganhar seu primeiro título internacional! Nem os nossos adversários de arquibancada chegam a tanto.
Curioso, também, é ver aqui a constrangida torcida pelo time argentino.
Torçam! De peito aberto, camisas e bandeiras estendidas! Nós sabemos que nestes dois jogos a regra já está escrita: o Corinthians é só o Corinthians na Libertadores.
No mais, é lorota.
Primeiro Hino do Corinthians
Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
CORINTHIANS… CORINTHIANS…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso
Corinthians goleia e está na final
Cheguei há pouco em casa.
Molhado e suado, com a pressão arterial lá em cima. Com a goleada desta quarta-feira, 20/6, no Pacaembu, o Timão disputará a final da Libertadores com o Boca Jr ou com a LA U, do Chile.
Sim! Foi goleada.
O placar numérico de 1×1 não é o resultado da disputa. A “sensação futebolística” (assim como a “sensação térmica”) não é o que os números frios indicam.
O Corinthians ganhou a disputa com o Santos de forma exemplar.
Foi prejudicado por erros da arbitragem (isto faz parte do futebol), tanto na Vila quanto no Pacaembu, mas superou tudo.
O Corinthians é um time bem organizado, com uma defesa de encher os olhos e um meio de campo que toca bem a bola, ainda que o ataque não tenha o mesmo nível, as vitórias aparecem.
Não vou falar, nesta hora, da “cara de bezerro que perdeu a vaca” em que estão muitos da nossa mídia. Paciência! Vamos elogiar nossos mosqueteiros, que lutaram com o sangue que corinthiano requer. E, sei que alguns não gostam disso, o nosso técnico Tite merece todo aplauso. Ele está fazendo história. E os corinthianos ficam felizes por isso.
Em tempo
Disseram-me há pouco que, no final do jogo, o locutor da Globo disse que “após 102 anos” o Corinthians pode ganhar a Libertadores.
Espero que as pessoas tenham ouvido errado mas – cá para nós – nesta hora de desânimo e desespero eles falam qualquer coisa.
O jogo já vai começar
(Botticelli) (Reprodução)
O período mais angustiante de uma grande partida de futebol é a véspera do embate.
Essas 24 horas que faltam para a bola rolar faz em todas as torcidas sofrerem.
O futebol é mágico, porque uma partida nunca está “praticamente definida”.
No basquete, quase sempre, isso não acontece. Também no vôlei, no tênis, na natação. São todos esportes onde o risco de surpresa “é sempre muito baixo”.
No futebol, esta variável está sempre presente.
Como esporte coletivo, necessita de muitas cabeças frias e concentradas para uma partida dar certo. Além de boa preparação, muito treino, esforço, raça e tudo mais, há um enorme espaço para todo tipo de desdobramento e resultados.
Sempre que o Corinthians chega a 24 horas de um jogaço, fico agitado.
A cabela gira à mil e começo pensando em tudo. Jogadores, jogadas, juízes, torcidas e até se vai chover ou fará frio .
Quando o juiz apita o início do jogo, tudo isso acaba e começa a batalha.
O futebol sempre traz, para o torcedor, a esperança de vitória de seu time. No nosso caso temos uma dose elevada de esperança. Jogamos com vantagens claras de resultado e nosso time vive um bom momento na competição. Vamos esquecer nossas falhas e tocar o barco cheios de motivação e de esperança.
E rumo a uma grande vitória.
Calma, professor!
Não preciso repetir aqui os elogios que tenho feito ao técnico Tite.
Já disse, muitas vezes, que ele é nosso principal craque nestes dois últimos anos. Com um elenco modesto, sem grandes estrelas, vem fazendo o que muitos duvidavam e vencendo compeonatos importantes (como o Brasileiro do ano passado).
Acho que nosso técnico exagerou ao dizer que “é o jogo mais importante da história do Corinthians”, se é que disse realmente isso.
É jogo importante, como tantos outros que tivemos em nossos 100 anos de vida. Isso não diminui em nada a importância do trabalho que vem realizando em nosso clube.
“In Bocca al Lupo!” , nosso querido treinador, Tite.
Ressaca
(Michaelangelo Buonarroti, “Juízo Final”, detalhe)
O pós-jogo de quarta-feira, em que o Corinthians venceu o Santos na Vila Belmiro, está sendo difícil para uma fatia enorme da mídia.
Antes da partida, falavam que seria um massacre. Do Peixe. Criou-se um clima de euforia, só comparável ao tamanho da tristeza que veio após o juiz apitar o final da partida.
O golpe foi tão doído que alguns não param de falar na Euro Copa. Deletaram a Libertadores.
Tenho um amigo de escola (não é santista), que já procurou em todos os versículos do Livro do Apocalipse, do apóstolo João, uma profecia mais clara sobre o Juízo Final, ou melhor, o fim dos tempos. Ele espera (e muito) que antes de terminar esta Libertadores seja cumprido o prometido fim do mundo.
Olha o carrinho dele!
O presidente do Santos encontrou uma explicação criativa para a derrota de seu time.
Numa ressaca – que lhe deve ter afetado os miolos – atribuiu a vitória corinthiana ao fato de o Timão não ter jogadores convocados para a Seleção Olímpica. Foi mais ou menos assim: “você tem grandes jogadores e devem ir para a Seleção”. Não perguntou nem a idade dos citados craques não lembrados pelo treinador da Seleção.
Não fosse perceptível o tamanho do golpe recebido, esta declaração teria sido justificada por outros motivos.
Mas é claro que não devemos levar ao pé da letra a fala de quem perde uma partida como a de quarta-feira.
Audiência
O futebol da quarta-feira passada trouxe alegria para os corinthianos de todo o Brasil, mas alegrou igualmente à TV.
Foi a maior audiência do futebol dos últimos anos. Surrou, sem dó, as novelas dos adversários. Isto é bom. Para o Corinthians que mostra cada vez mais sua força e para o futebol que ganha mais e mais prestígio na grade da programação.
O outro lado
Vi, ontem a vitória do Boca contra a LaU, em Buenos Aires.
Ainda acho que este time chileno é um perigo para todo mundo. Que os corinthianos e os santistas (viram como sou gentil) não fiquem iludidos.
O Boca é um adversário difícil, mas a LaU não é de se jogar fora.
Coitado do gato!
(Reprodução)
Por muitos anos, nos jogos noturnos do Campeonato Paulista, em partidas no interior, um problema era sempre presente.
Quando a equipe da casa estava em dificuldades, era certo: “apagavam a luz”. E sempre aparecia uma mesma explicação para o blecaute: um gato intrometeu-se no transformador de energia, causou um curto circuito e deu-se a escuridão.
Tantas vezes este fato ocorreu, que se tornou hábito um gato interromper jogos do paulista. Em qualquer partida, quando o time local se encontrava em “necessidade esportiva”, pronto: aparecia o tal do gato!
O felino era sempre preparado, engordado e tratado para ficar à disposição dos cartolas locais. Em qualquer “situação de perigo esportivo”, pegavam o bichinho e jogavam-no no transformador de energia.
Pronto! Jogo interrompido e os dirigentes avisando a mídia: um gato foi andar em lugar onde não devia andar e deu nisso tudo. Muitas vezes, jornalistas eram levados ao local para ver o gato assado, quase em cinzas, que interrompera o jogo.
Lembrei-me destes episódios, na noite de ontem, no momento em que o Timão vencia o jogo e organizava um perigoso contra ataque.
Quando tudo ficou escuro, disse aos amigos que assistiam o jogo em minha casa: coitado do gato! Poucos entenderam minha súbita compaixão por animais.
Não sei qual foi o motivo do blecaute. Em nota, a CPFL “companhia de energia responsável pelo local” disse que foram “problemas na instalação interna do estádio”.
Será? Nos dias atuais esta é uma explicação “inexplicável”. Não seria melhor ir dar uma olhada no transformador? Pode ser que um bichano incauto tenha andado por lá.
A várzea está viva!
O Corinthians venceu o Santos, o juiz e a várzea.
A vitória corinthiana, nesta noite de quarta-feira, 13/6, na Vila Belmiro, no jogo contra o Santos, é um passo gigantesco para avançarmos na Libertadores.
O Timão venceu e convenceu.
Venceu o jogo, com uma partida equilibrada, onde sua defesa foi o ponto alto. Vários jogadores mostraram um futebol de qualidade. Mesmo os que não jogaram bem, não chegaram a comprometer. O primeiro tempo foi um baile, do começo ao fim.
Além de vencer o jogo, o Timão venceu uma arbitragem ruim. Caseira, em todos os momentos.
Faltas foram ignoradas quando favoreciam ao Timão. Até um pênalti o juiz deixou de marcar. Critérios diferentes para cartões, tudo em prejuízo do Corinthians. Expulsou Emerson e “amarelou” em violenta falta de Neymar, alguns momentos antes. Tudo em prejuízo do Timão.
Mas, além de vencer o Santos e o juiz, o Corinthians venceu a várzea instalada na Vila Belmiro. Torcida jogando todo tipo de objeto no gramado, procurando atingir o time adversário, tornou-se um padrão na Baixada Santista. E o vergonhoso apagão (com o Timão no ataque), completou o estado de várzea generalizada na partida.
A disputa está vencida? Não.
Mas o Corinthians deu um grande passo numa partida que marca bem a diferença deste Clube com os outros que estão por aí.
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