Sem surpresas
Kurt Schwitters (1887-1948), “Merzbild Rossfett“, 1919 (Reprodução)
O futebol é um esporte fantástico, porque não admite unanimidade.
O torcedor sempre se encarrega de contestar algo, criando um caminho diferente para descrever os fatos. Ontem, tivemos mais uma rodada do Campeonato Brasileiro.
Emoção, gritos e choros sobraram por todo lado.
O Corinthians, como qualquer guri sabe, vive um momento pouco comum no futebol.
Suas duas últimas conquistas ainda não saíram da cabeça do torcedor (e também dos jogadores). Não adianta dizer que isso é bom ou ruim, sendo melhor disputar o Brasileirão com uma fome insaciável de vitórias. Os fatos são mais fortes que este desejo. Por esta razão o time alterna boas e más atuações, vitórias e derrotas.
Até o empate entra na categoria de “deixa prá lá”.
Na noite passada, o Corinthians não fez a melhor exibição do mundo, mas poderia ter vencido.
Mesmo com o Flu mordido, querendo a vitória (que interessante, todos querem sempre jogar tudo contra o Timão!) o resultado poderia ser melhor.
Nada que mude o mundo.
Clássico é clássico
Vi nos jornais que o Palestra perdeu para a Lusa e o Santos foi batido pelo Bahia.
Pelo que diz o noticiário nos jornais, houve protestos de torcedores palestrinos e santistas. No caso dos esmeraldinos, acho um exagero: clássico é clássico e tudo pode acontecer, como diz a mídia. Inclusive uma vitória por 3 gols da Lusa. No caso santista, não sei qual seria uma boa justificativa. Talvez dizer que jogar contra times baianos é muito difícil. Pode ser.
Alguns acreditarão.
Mudança
Qualquer mudança na legislação desportiva do país precisa estabelecer o fim da reeleição para os cargos de dirigentes.
Clubes, Federações e Confederações de qualquer esporte devem ter mandatos de até 3 anos e nada mais.
O pessoal dos tais “desportos olímpicos”, que vivem uma “eternidade” nos altos cargos, que procure o que fazer.
Turbinando
(David Hockney) (Reprodução)
A Copa do Brasil do próximo ano ganhará uma nova cara.
Irá até o final do segundo semestre e terá a participação das maiores equipes do país. Viva!
Será uma competição no sistema mata-mata, que cobrirá quase todo o ano.
Nunca houve motivo para a reduzida participação das equipes nesta disputa.
Veja o que ocorreu neste ano: poucas vezes tivemos uma competição com tanta esquadras fracas. As mais fortes – em grande número – estavam na Libertadores e excluídas da Copa do Brasil.
Trata-se de um avanço, que deveria ser seguido por uma reformulação da Copa Sul-América.
Seria interessante receber, também, os maiores Clubes de cada país (acho que deveriam tentar envolver o México e os Estados Unidos). Seria uma disputa (em mata-mata), que poderia desenvolver os mercados do Norte do continente para o futebol.
Este era o objetivo quando foi criado.
Plágio do plágio
O UOL diz que o Corinthians (não é bem o Corinthians) teria questionado o Remo por usar do símbolo da campanha da República Popular do Corinthians.
Estariam plagiando o “grande” feito de publicitários – alimentados pela Nike – em campanha de torcedores.
É plágio de um plágio, pois o símbolo utilizado pela tal República é uma cópia vulgar do símbolo da dinastia dos Romanov, que governou (e barbarizou) a Rússia por 700 anos.
Como o dinheiro da Nike é dela, pode fazer o que quiser.
E sempre há alguém, de uma empresa de publicidade, para trazer uma “grande idéia” (com grande custo, é claro) para a empresa “tocar”. Não conheço nenhum corinthiano que esteja envolvido por esta campanha. Exceto – é claro – os que estão fazendo o merchand e gastando a grana da Nike. Agora, brigar com o Remo é de lascar!
Oh, gênios!
Dois pesos e duas narrações
Engraçado esta rádio Jovem Pan.
Vive levando ao ar o gol que Rogério marcou contra o Corinthians (dizem que o número 100 de sua carreira). Não falam, no entanto, um piu sobre os gols que ele tomou do Corinthians. É proibido dizer qual é o número? Quando ele marcou é 100, quando ele tomou, não sabem.
Tenho um conhecido que fez a relação de todos os gols e, se a Jovem Pan quiser, acho que ele empresta.
Japonês de Hiroshima
Diz a lenda que há uma síndrome em Hiroshima: uma pessoa foi ao banheiro e, justamente, no momento em que caiu a fatídica bomba, estava apertando o botão da descarga.
Foi difícil fazer crer ao pobre homem que não tinha sido ele quem produziu aquele barulho todo. O Secretário Geral da Fifa vive esta síndrome. Está dizendo que foi aquela sua declaração de bêbado (a do “chute no traseiro”) que provocou o avanço das obras da Copa. Se ele souber com se faz um conjunto de reformas e construções tão complexo como este, verá que seu ato nada tem a ver com o avanço das obras.
É a síndrome de Hiroshima.
Briga sem trégua
Edward Hopper (1882-1967), “Nighthawks” (Reprodução)
Não faço parte do exército que acha o jogador Kaká um craque fora-de- série.
Nunca foi, mesmo quando ganhou prêmios e mais prêmios. Acho que era só um bom jogador. E ponto!
Agora, o que está fazendo o técnico José Mourinho nesta briga para tirá-lo do Real Madri é deplorável.
Tudo aponta que o Real não quer mais o meia.
Comprou por uma fábula (65 milhões de euros) e quer vender por 25 milhões de euros. Quer, também, ficar livre do salário do atleta nos próximos anos. Até aí é um problema do Clube espanhol.
Errou e agora está colérico.
O que não é justo é quererem se vingar no jogador pelos prejuízos da contratação toda.
Quem quis a compra foi o Real. Se não deu certo o problema foi criado pelo Clube. O jornal El País, da Espanha, diz que Mourinho quer que Kaká vá para o “terceiro mundo do futebol”. Isto quer dizer: EUA, Mundo Árabe ou Japão.
Quer varrer qualquer possibilidade de recuperação do atleta na Europa ou na América Latina.
O “Estadão” hoje informa que Mourinho acusa Kaká de “atrapalhar seu projeto” no Real.
Lorota. Quer o lugar para contratar outro “seu” jogador para a vaga do brasileiro. Fez bem o pai de Kaká ao responder à altura ao empedernido técnico: “Projeto seu, não? Seu e do Jorge Mendes” (superempresário que faz e desfaz no Real). Já tem cinco jogadores dele por lá e quer uma boquinha para colocar mais alguns.
Independente de não fazer parte da claque permanente (e eterna) do jogador Kaká, acho que o comportamento do Real (e de seu treinador) uma página vergonhosa para o futebol.
Torcidas organizadas
Quando é que as autoridades policiais vão divulgar os relatórios que elaboram sobre “conflitos” entre torcedores organizados?
Seria bom para todos conhecerem de onde vêm os maiores problemas nesta área difícil da Segurança. As torcidas do Timão deveriam cobrar que a polícia divulgasse esses números da forma mais clara possível. Como muita gente já sabe, teríamos surpresas e mais surpresas neste campo. Santinhos mostrariam seu lado de demônios.
E os que são satanizados pela mídia mostrariam que não são tão problemáticos como dizem os preconceitos.
Futebol e fome.
(Norman Rockwell (1894-1978), “Hobo e o cão”, 1924) (Reprodução)
Qualquer pessoa que estivesse ontem, 26/8, no Pacaembu dirá que o Corinthians poderia ter goleado o Tricolor só com o que jogou nos primeiros 20 minutos de partida.
O Clube adversário estava totalmente abatido e espremido na defesa. Mas, então, por que o Corinthians não marcou três ou quatro gols naquele início fulminante? Porque faltava uma coisa básica no futebol: fome.
Fome para ganhar, para vencer para buscar o resultado.
Embora a exibição fosse lindíssima, acabou relaxada. Pelo menos dois gols foram perdidos por pura falta de visão coletiva do futebol.
Quem chutou poderia ter passado para um companheiro em situação muito melhor para marcar.
A equipe não jogou uma partida ruim, mesmo quando o placar virou. Mas faltou aquela determinação que faz o belo futebol virar um grande resultado.
Este estado de espírito, que faz uma equipe disputar um Campeonato como quem joga um amistoso, é o maior alimento para partidas como a de ontem.
Sem fome de vitórias, elas não vêm. Mesmo quando a equipe atua bem.
Nada que mude o mundo.
Mas poderia ser diferente.
Eu presido
É comovente o esforço do Presidente José Maria Marin em anunciar jogos, eventos, encontros etc e tal, procurando mostrar uma atuação dedicadíssima à frente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Ontem, no Pacaembu, falou mais do que o locutor do estádio. A mídia, como sempre, entra na onda e começa a “mostrar” o serviço realizado. O problema do Presidente Marin é a falta de terra onde está seu pé. Está se compondo com gregos, troianos e baianos, em busca de uma legitimidade como chefe do futebol pátrio. Falta fazer a cabeça da Presidente Dilma. Ela já derrubou o mais poderoso presidente que a CBF já teve. E se ela continuar de cara fechada, daqui a pouco teremos problemas. Mesmo com todo apoio de dirigentes, de políticos e da (como sempre) mídia. Teixeira teve tudo isso. Faltou o que – até agora – falta a Marin.
E a situação pode ficar complicada.
Pequena (grande) Taça do Mundo
Neste mês de agosto, lembramos que há 59 anos, em 1/8/1953, em um sábado, o Corinthians conquistou uma de suas mais importantes vitórias no âmbito internacional.
No período em que não existiam as atuais competições continentais, o Timão participou da chamada “Pequena Copa do Mundo de Clubes”, reunindo as maiores equipes da Europa (Barcelona e Roma) e dois representantes das Américas.
No jogo inicial, a primeira grande surpresa: o Corinthians venceu o Barcelona – então considerado o grande favorito da competição – pelo placar de 3×2.
Luisinho (2) e Carbone fizeram os gols do nosso time, e Kubala e Moreno para o Barça.
No jogo seguinte, o Timão ultrapassou a Seleção de Caracas (que reunia o melhor do futebol local), por 2×1. Claudio e Carbone fizeram os gols corinthianos. Em novo jogo o alvinegro brasileiro venceu o poderoso Barçelona por 1×0 em partida tumultuada com uma briga generalizada que interrompera o jogo por quase 20 minutos. Goiano, marcou o gol da vitória.
Já com o título na mão, o Timão venceu, novamente a seleção de Caracas (2×0,) com dois gols de Cláudio. Na partida final – no jogo da festa- o Corinthians bateu a poderosa Roma por 3×1 com gols de Luisinho(2) e Cláudio.
Foi uma conquista que marcou a história do Clube e as matérias da época retratam bem o entusiamos dos torcedore por tão belo feito.
Essa geração de jogadores merece sempre ser lembrada.
No ano seguinte, conquistariam o tão famoso IV Centenário de São Paulo, em título inesquecível da nossa história. Gilmar, Cabeção, Homero, Olavo, Goiano, Julião, Roberto Belangero, Claudio, Luisinho Carbone, Baltazar, Nardo e Mário tornaram-se ídolos eternizados por tão emblemático título paulista.
Creio que destes campeões dos anos 1950 só continuam entre nós Cabeção, Julião e Gilmar (este muito doente).
Os demais deixaram uma imensa saudade nos corações dos corinthianos.
Que vivam para sempre!
Que belo gol!
No jogo do Corinthians ontem, 19/8, na Baixada, gostei mesmo do gol de Martinez.
Bonito, bem executado e que dá mostras que este jogador poderá fazer história no Timão. Gostei, também, dos toques do Romarinho que, cada dia mais, joga um futebol de encantar os olhos dos torcedores. Outros jogadores do Timão foram bem e merecem destaque. O que marcará o jogo, entretanto, foi o triplo impedimento. Quem conhece o time da baixada não deve ficar admirado. Eles têm longa história neste tipo de evento. Não nos esqueçamos de Santos e Milan, no Maracanã, na década de 1960, na final do Torneio Intercontinental. Na sua biografia, o jogador Almir Pernambuquinho (jogador do Santos) contou tudo. Incrível, como este livro é pouco lembrado pela mídia.
Dinheiro e Fama
A mídia diz por aí que o Neymar falou ao jogador Guilherme, do Timão, “que ele nunca vai ganhar dinheiro”, reclamando de uma entrada.
Não sei se é verdade, mas não devemos levar muito a sério declarações no calor da partida. Até porque o santista tem tradição em trocar as frases. Ninguém esqueçe aquela entrevista, ao Estadão, quando perguntando se sentia qualquer manifestação racista relativa a cor, respondendo na lata: “Não, eu não sou negro”.
Portanto, nada de levar muito ao pé da letra o que ele diz.
Comemoração e ódio
A comemoração dos santistas no final do jogo mostra tudo.
A derrota na Libertadores ainda não foi digerida. Foi menos uma manifestação de alegria e mais um grito de ódio pela eliminação no torneio americano. Fazer o quê? Paciência. Só o tempo cura.
Será que, no caso deles, curará?
Segundo turno será uma guerra
(Aquiles Badi) (Reprodução)
A vitória do Corinthians, ontem à noite, 16/8, no Pacaembu, é um passo para botar fogo no Campeonato.
Sem perder há 9 jogos (mas com empates danosos), o Timão vai dando outra cara para o Brasileirão. Não sei se será possível um final com grande disputa, mas continuando este quadro, o céu vai ficar escuro para nossos adversários.
No jogo de ontem, o Corinthians mostrou, mais uma vez, uma defesa sólida.
Com poucas opções para o ataque, fez o que pode e venceu. Dirá a mídia: ganhou de 1×0. E daí? São estas vitórias que vão acumulando pontos e definindo o Campeonato. Vamos torcer. A competição está aberta e não tem ninguém com “cara de campeão”.
Ainda!
Que fase I
Tenho um amigo tricolor que vive um período de grande abatimento.
Não é para menos. Já disse a ele que só uma reza forte (ou um banho de pólvora coletivo) pode aliviar sua tensão. Jogando essa bolinha toda poderão ser o único time paulista que a não ganhar nada neste período. Calma e trabalho. E bastante reza!
Pode ser que ajude.
Que fase II
Nossa Seleção não vive um bom momento.
Até o técnico e os dirigentes acham isso. Mas também não é motivo para ficar “temendo” fazer um jogo amistoso em São Paulo, local tradicionalmente crítico à “canarinho”.
Afinal, a Copa do Mundo será por aqui e disso não dá para fugir.
Olha aí!
Tarsila do Amaral, “Sol Poente” (1929)
Este Blog, há muito tempo, vem discutindo o momento ruim que vive nosso futebol.
Sobretudo com ausência de jogadores “foras-de-série”. Isto já ocorreu na Copa da Africa so Sul, 2010, onde o elenco era dos mais fracos que o futebol brasileiro já apresentou. Não adianta a mídia inventar que este ou aquele é craque, por uma ou outra jogada. Com o tempo, a realidade se impõe. O craque Tostão, na Folha de hoje, 15/8, fala deste grave problema.
É hora de refletirmos sobre ele, ou então, a Copa de 2014 será pesada.
Pior do que pensava
TOSTÃO
Após as más atuações e a derrota para o México, o futebol brasileiro está pior do que pensava
Prefiro ver o Brasil melhor no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do que ganhar mais medalhas. De qualquer maneira, se quiser evoluir, em todas as áreas, incluindo o esporte, será necessário diminuir as patotas, a perniciosa relação de troca de favores e colocar os mais bem preparados e mais dignos nos cargos estratégicos.
Não basta planejar e investir.
Projeto não fala, não pensa, nem tem alma.
O Brasil joga hoje, contra a Suécia, a última partida no estádio Rasunda, onde ganhou a Copa de 1958. Recentemente, vi, em DVD, todos os jogos, na íntegra. A seleção era melhor do que imaginei com 11 anos, ao escutar as partidas pelo rádio. O Brasil mostrou ao mundo que era possível unir o futebol imprevisível, descontraído e criativo com a eficiência.
Chico Buarque, décadas atrás, em um belíssimo texto, disse que os europeus eram os donos do campo, por ocuparem melhor os espaços, e os brasileiros, os donos da bola, por gostarem de ficar com ela e de tratá-la com intimidade. Hoje, o Brasil não é dono do campo nem dono da bola.
Está pior do que pensava. Antes da Olimpíada, achei que o time, por ser quase o principal, diferentemente de outros países, seria o grande favorito e que nossos jovens dariam show em defesas de jogadores desconhecidos. Enganei-me.
Contra o México, Mano errou ao colocar Alex Sandro no meio-campo, aberto, com a função de ser secretário de Marcelo. Alex Sandro e o time já tinham jogado mal contra a Coreia do Sul. Mano errou também ao levar Hulk. A prioridade era mais um zagueiro ou um lateral direito. A defesa jogou muito mal em todas as partidas.
O Brasil não tem um craque definitivo. O único com chance de ser um fora de série é Neymar. Ainda não é. Sem craques experientes a seu lado, no Santos e na seleção, ficará muito mais difícil para ele evoluir. Neymar vive um momento perigoso. Deram a ele o prestígio de uma celebridade mundial, de gênio, e também uma enorme responsabilidade. Se o Brasil não for campeão do mundo, os mesmos que o adulam vão massacrá-lo.
A formação ineficiente e, muitas vezes, promíscua, nas categorias de base dos clubes, e o estilo de jogar dificultam o aparecimento de craques. Com menos craques, há menos chances de isso mudar. Mano, pelo menos no discurso, tenta fazer alguma coisa, sem sucesso. As marcas da mediocridade foram impregnadas na alma dos jogadores, técnicos e de parte da imprensa.
Não adianta trocar de técnico, a não ser que surja alguém especial, romântico e racional, profundo conhecedor de detalhes técnicos, táticos, observador da alma humana e, ao mesmo tempo, corajoso, combativo e que não precisa gritar, se exibir e dizer que é tudo isso. Falta ao futebol um Zé Roberto.
www.folha.com
Empate no Brasileirão é ruim
Numa disputa de pontos corridos, como é o caso do Campeonato Brasileiro, o empate é um resultado ruim.
Foi o que ocorreu ontem à noite, 8/8, no Pacaembu, no jogo do Corinthians contra o Atlético de Goiás. Mesmo estando há vários jogos sem derrotas, o Timão pouco acrescenta à sua campanha com estes empates que vem conseguindo.
O time corinthiano mostra que é difícil de ser vencido mas que, por outro lado, não tem êxito em “fazer” um bom resultado, no caso uma vitória. Esteve melhor, com a defesa e o meio de campo sempre organizados e atuando bem, mas faltam gols.
Ontem, vendo o técnico Tite gesticulando por todo lado à beira do gramado, lembrei-me de Mussolini, sanguinário ditador italiano, às vésperas de entrar na Segunda Guerra.
Queria, porque queria, ir para a guerra junto com a Alemanha, mas não tinha exército. Nesta situação produziu uma frase que ficou famosa na história: “Até Michelangelo precisava de mármore para fazer estátuas. Se tivesse apenas argila, teria sido um simples oleiro”. É a situação do nosso técncico.
Precisa de jogadores de ataque de qualidade superior.
Lembre-se, por outro lado, que o nosso goleiro não foi feliz no gol dos adversários, mas isso não deveria alterar muito a partida.
Todos falham em certos lances, até o goleiro. Boa foi a jogada do gol de empate, mostrando que o Romarinho tem muito para render no Timão.
Não é um resultado que mude o mundo, mas adia uma arrancada maior do Corinthians para mudar o Campeonato.
Esportes e TV
Não sei o motivo que levou a Globo e a Record a brigaram tanto para transmitir estas Olimpíadas de Londres. Na maior parte dos países são transmitidos apenas alguns jogos mais importantes, ficando a maioria dos esportes coberta pelo noticiário geral. Estas longas e cansativas transmissões da SporTV (e creio que a da Record também) pouco interesse despertem no público.
E também não considero que os patrocinadores ganhem alguma coisa com isso.
A grana mata a pompa
A anunciada venda do atleta Lucas (ex-Marcelinho) do SPFC para o PSG (será que já assinaram ou faltou caneta?) mostra um lado nada romântico do futebol.
O Tricolor vendeu o garoto por duas razões simples: primeira, o jogador queria sair; segundo, o SPFC está precisando (e muito ) de grana. O atleta entra na mesma nau em que já embarcaram muitos brasileiros: vai para a Europa muito cedo (não se consagrou no Brasil ou na Seleção) e querendo “arrumar a vida”.
Se será um craque por lá é outra coisa.
Futebol, dinheiro e medalhas
Marc Chagall (1887-1985) “Velas do Casamento” (1945) (reprodução)
O empate de 0x0 do Corinthians contra o Bahia não foi um bom resultado.
Nada que mude o mundo, mas poderia ter sido uma vitória para colocar o Timão muito próximo do primeiro pelotão do Campeonato. Como não há nenhuma equipe com grande destaque na ponta, uma sequência de vitórias do Timão recolocaria a competição em disputa real.
Vamos torcer para melhores resultados, pois nada está decidido.
E é muito importante que o time dispute com real empenho para o título do Campeonato Brasileiro. Isso ajuda, inclusive, a preparação para a disputa do final do ano pelo Bi-Mundial.
Grana e COB
Essa discussão sobre a escolha do que é prioritário nos esportes olímpicos está sendo colocada de forma equivocada.
Não há contradição entre “investir na base do esporte” e “preparar-se para conquistar medalhas” como vem sendo colocado.
A verdade é que o Brasil está gastando o “mundo e o fundo” nestas últimas décadas nos tais esportes olímpicos.
E é urgente estabelecer-se uma cobrança por resultados: medalhas, recordes ou algo assim. Mas o que vem fazendo o Sr. Nuzman é uma “enrolação”, saltando de uma edição olímpica para outra, pedindo cada vez mais recursos públicos sem apresentar resultados positivos.
Como sabemos, o Comitê Olímpico Brasileiro recebeu nestes últimos quatro anos mais de 2 bilhões de reais, segundo mostrou oUOL.
Os esportes olímpicos da Itália recebem metade do que o nosso comitê, mas alcaçam um desempenho muito superior ao brasileiro.
O que quer Sr. Nuzman é uma grana sem cobranças.
Cada vez mais dinheiro e menos exigências.
Está mais do que na hora de se mudar este jogo.
É necessário ser criado um sistema de avaliação, mostrando a sociedade que seu esforço de recursos está acompanhado de progresso no campo desportivo.
Ficar dando grana sem qualquer cobrança de resultados, em algum momento, provocará uma revolta dos investidores privados e públicos.
Postagens Recentes
Arquivo
- September 2023
- January 2023
- September 2022
- August 2022
- January 2022
- November 2021
- April 2020
- December 2019
- November 2019
- January 2019
- February 2018
- January 2018
- December 2017
- November 2017
- October 2017
- September 2017
- August 2017
- July 2017
- June 2017
- May 2017
- April 2017
- March 2017
- February 2017
- January 2017
- December 2016
- November 2016
- October 2016
- September 2016
- August 2016
- July 2016
- June 2016
- May 2016
- April 2016
- March 2016
- February 2016
- January 2016
- December 2015
- November 2015
- October 2015
- September 2015
- August 2015
- July 2015
- June 2015
- May 2015
- April 2015
- March 2015
- February 2015
- January 2015
- December 2014
- November 2014
- October 2014
- September 2014
- August 2014
- July 2014
- June 2014
- May 2014
- April 2014
- March 2014
- February 2014
- January 2014
- December 2013
- November 2013
- October 2013
- September 2013
- August 2013
- July 2013
- June 2013
- May 2013
- April 2013
- March 2013
- February 2013
- January 2013
- December 2012
- November 2012
- October 2012
- September 2012
- August 2012
- July 2012
- June 2012
- May 2012
- April 2012
- March 2012
- 0
Categorias
- 2000
- 2012
- 2013
- 2014
- 2016
- Audiência
- Campeonato Brasileiro
- Campeonato Paulista
- CBF
- COB
- Confrontos Históricos
- Copa
- Copa do Brasil
- Copinha
- Corinthians
- Cultura
- Discursos na história
- Educação
- Esportes Olímpicos
- FIFA
- Futebol
- Gestão pública
- Legislação do Esporte
- Libertadores
- Marketing
- Mercado da Bola
- Mídia
- Música
- Opera
- Pesquisas
- Seleção Brasileira
- Torcidas Organizadas
- TV
- Uncategorized
- Violência