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Jun 12, 2012

Força Timão

(Cândido Portinari, “Meninos Brincando”)

 

MANIFESTO DE APOIO A JOGADORES CORINTHIANOS

 
 O Grupo Pró-Corinthians, que obteve 40% dos votos nas últimas eleições do clube, em nome dos conselheiros que o compõem e, certamente de milhares de fiéis torcedores alvinegros, deseja:
 

1. Manifestar inteira confiança no elenco de profissionais do Corinthians, assim como no talento, na raça e na determinação dos jogadores alvingeros que, unidos, fizeram até aqui a melhor campanha entre todos os clubes que disputam a ATUAL COPA Libertadores da América, classificando-se em primeiro lugar no seu Grupo e não perdendo uma só partida no Torneio.

 

2. Nossos votos, naturalmente, se estendem ao técnico Tite e a toda sua Comissão Técnica.

 

3. Reiteramos, por outro lado, nosso integral apoio ao CLUBE neste momento tão importante e rogamos que questões menores internas discutidas pelos proprios integrantes da atual admnistração entre si e através da imprensa, não tumultuem o ambiente entre os jogadores.

 

4. Por último, lamentamos que nesta hora decisiva para a equipe, elemento da Diretoria faça declarações desqualificando o time e, mais grave, a própria história do Corinthians. O que é inconcebível.

 

A nós, do GRUPO PRO-CORINTHIANS, só nos resta torcer com a fé e a convicção na vitória, valores que sempre acompanharam, desde 1910, osverdadeiros corinthianos.

 

GRUPO PRO-CORINTHIANS

Jun 11, 2012

A falta que a Base faz

(Leonardo Da Vinci, “O Homem Vitruviano”)

Por disputar duas competições importantes, o Corinthians, vem utilizando um time misto em boa parte dos jogos.
Foi o que ocorreu, ontem, 10/6, no jogo de Porto Alegre contra o Grêmio. E os resultados deste time misto não estão sendo nada positivos.

Além de perder vários pontos no Campeonato Brasileiro, o Time B mostra que o técnico deve ter  pouca esperança  em buscar, nesta formação, algum craque que possa melhorar o Time A.  Ao contrário, o que vemos, na maioria dos casos, são jogadores de pouca qualidade e que não terão sucesso no time principal.

Vários dos atletas do time misto são jogadores contratados, com o critério de “compor o elenco”. Quer dizer, não se trata de craques (ou “ainda”, não o são), mas poderão substituir bem os titulares. Especialmente  os contratados “para compor” pouco ou quase nada estão rendendo.

Neste momento é que vemos o quanto faz falta uma boa categoria de base que revele jogadores.
Nem sempre os que vem da Base são craques (alguns poucos, sim), mas, convenhamos, para jogar o que estão jogando, alguns destes contratados, os atletas de Base fariam papel igual ou melhor. E sempre trariam a possibilidade de aparecer um ou outro atleta diferencidado.

O mais grave é que as revelações da Base não são para curto prazo.
Hoje, estamos pagando pelos últimos anos de abandono da categoria. O que for feito agora dará frutos daqui 2, 3, 4 ou 5 anos. É preciso começar pensar nisso o quanto antes

Desqualificação

É lógico que é imprudente para um Diretor de Clube declarar que seu time é “medíocre”.
Independentemente de significar mediano (mas também significa “pequeno”), uma declaração destas tem fator explosivo, como todos estamos vendo. Mas mesmo que esta questão “medíocre” seja problema, não acho que este seja o maior dos problemas de nosso marketing.

Primeiro é preciso dizer que a mídia vem, quase com unanimidade,  aplaudindo (diria melhor, louvando) o trabalho do marketing do Corinthians nos últimos anos.
Não passa dia em que não encontremos elogios para tudo. De coisas boas ou ruins, o quadro é sempre de aplauso.

Recordo que, nos últimos meses, tivemos um sem número de estudos, análises, relatórios etc todos altamente elogiativos ao trabalho do marketing corinthiano.
O principal destaque é sempre o aumento das receitas do Clube que, segundo a propaganda oficial, assumida pela mídia, seria fruto do brilhante trabalho do marketing alvinegro.  Os mesmos relatórios – que são a base dos elogios – mostram, de forma incontestável, que todos (sim, todos) os Clubes tiveram grande aumento de suas receitas nos últimos anos. Destaque-se que  entre os que  elevaram suas receitas, estão  alguns Clubes sem  departamento de marketing. E se todos aumentaram este índice, não terá sido obra de um ou outro Clube. Embora isto seja claro nos “estudos”, a mídia insiste em dizer que foi “tacada” do marketing alvinegro  que promoveu esta revolução.

Acrescente-se que o maior aumento de receitas vêm da TV onde, como sabemos, o marketing tem pouco ou quase nenhuma intervenção.

O que não quer dizer que não tenhamos boas (diria ótimas) ações do marketing corinthiano.
A venda de ingressos pela internet é um notável avanço e merece todo aplauso. Embora  não  concorde com o sistema de preços das entradas, esta forma de compra, pelo sistema “Fiel Torcedor” e pela Internet, merece todo aplauso.

Mas, como afirmei acima,  a declaração imprudente do vice do Clube, numa palestra de marketing, não está na palavra medíocre (que em si, está errada), mas no que vem falando o marketing, nos últimos anos, para endeusar suas obras.
É comum venderem a ideia (isto aparece na palestra  indigitada) que o Clube surgiu, quando eles começaram o marketing. Por esta razão chegaram a falar em “reconstrução do Corinthians” como se os 100 anos anteriores devessem ser esquecidos. É esta proposta de desqualificação o ponto mais negativo  na atuação do nosso marketing. Quem viu a palestra, onde aparece a palavra “medíocre” , notou  o esforço que o marketing faz para dizer que trabalha num ambiente de dificuldades. Enquanto em outros times a situação é fácil (pois teriam títulos internacionais, que nós não teríamos) no Timão eles precisam ser “gênios” para superar a diferença com Santos e São Paulo.

Isso é uma solene ignorância, além de ser uma manipulação da verdade. O maior patrimônio do Clube é a grande torcida que ele conseguiu amealhar nos últimos cem anos e isso veio pelas suas inúmeras lutas e conquistas.

Uma palavra colocada de forma imperfeita aqui ou acolá  é um fato perfeitamente corrigível. Agora, uma ideia permanente de que o Clube começou quando um punhado de gênios chegou, é um problema muito mais grave.

Talvez o fato de que o mais importante contrato do marketing do Clube – o acordo com a Nike – não tenha sido feitos pelos gênios “reconstrutores”  incomode-os um pouco. A bem da verdade, assim como o contrato com a TV, o de material esportivo quase nenhuma influência deve ao setor de marketing.

Enquanto aguardamos o contrato de publicidade na camisa – este sim – onde o marketing mostrará sua competência, precisamos manter um ambiete calmo, sem qualquer conflito, que  venha prejudicar o time neste momento tão importante.
Neste quadro o silêncio do pessoal do marketing ajudaria muito.

 

Jun 10, 2012

Viva o rádio!

Nunca escondi que gosto de ouvir rádio. Músicas, noticias e esportes ficam melhor no rádio. Nos “anos 50 e 60”  o Rádio vivia um momento mágico. Era a presença obrigatória em todas as casas. Ainda hoje não abandonei este veículo que traz tantas emoções.

Para o futebol o rádio é um instrumento essencial. Ágil e direto faz a cabeça do torcedor.  E ajuda a criar lendas e mitos. Ainda hoje, quando estou no campo, escuto as transmissões do espetáculo que estou vendo. Acho que nunca vou ficar livre do meu rádio.

Gosto da TV no futebol. Ou melhor, aceito a TV, mas não tenho a mesma emoção que só o rádio traz.

Ontem, quando assistia a parte final do jogo do Brasil com a Argentina, vi o lado ruim da TV.

Quando o jogador Marcelo foi expulso, em lance confuso, os narradores e comentarista começaram a baixar o porrete no argentino. Um lembrou que ele jogava no Nápolis (terra de gente ruim, pensei) e todos esculhambaram o jogador platense. Alguns minutos após , o jornalista de campo, entrevista o brasileiro (também expulso na confusão) e ele….supreendentemente diz: “o juiz esta certo eu perdi a cabeça e dei um soco nele.”

Pronto. Todo o esforço dos narradores e comentarista da TV (que xingavam por todo lado o argentino) foi para o brejo. E neste momento, a TV (arrrrrrrr) mostra o taipe e aparece o brasileiro dando um soco no argentino  e começando a confusão.

Culpa da TV. Se fôsse só rádio, estaríamos repetindo por décadas e décadas, aquela jogada que , em 2012, em jogo nos USA,  um argentino covarde agrediu um pobre e pacato jogador brasileiro. A TV conspira contra o futebol. Como fica agora a imagem que, por décadas e décadas, tivemos de que os jogadores da Argentina são catimbeiros, desleais, covardes, brutos, grosseiros e jogavam dopados. O que devemos fazer com as milhares estórias de agressões e atos baixos deste adversários  se agora, na TV, a imagem é outro.

Acho que só o Rádio pode manter a hostilidade de Brasil X Argentina. Com a TV não dá.

Jun 9, 2012

Sem marola !

A mídia anda agitada  e procurando crise no Corinthians. Cada declaração, cada reunião, cada almoço ou jantar torna-se uma conspiração, uma briga  e uma confusão. Nada disso. O clube deve ficar preocupado (e sem dar ouvidos a essas marolas) com as importantes partidas que terá no campeonato brasileiro e na Libertadores.

A declaração do vice-presidente Rosemberg foi infeliz. O próprio presidente Mário Gobbi falou de seu espanto. Ficou também a promessa de que haverá uma explicação da desastrada palestra do dirigente. Acho que a questão não é a expressão medíocre (imprópria por si só) mas, esta história de ficar elogiando clubes adversários, não pega bem. Embora não seja a primeira vez que o vice faça isso. Há um grandes número de elogios imerecidos do marketing de outros clubes. Mas isso já está explicado e não devemos ficar botando lenha na fogueira. O protesto da torcida é natural pois, o próprio presidente, disse que ficou espantado.

Ontem, no Centro de Treinamento, o presidente explicou sua posição sobre esta marola que a mídia esta levantando sobre brigas na diretoria. E foi direto. Alguns membros da diretoria do ex- presidente Andrés não gostaram nada de ficarem fora da atual. E isso lá é motivo para toda esta confusão ! Nada disso. É algo natural e sem desdobramento maior. Por outro lado, transformar almoços e jantares de sócios e conselheiros da oposição, (com a participação de membros da situação) não é um bicho de sete cabeça. O contrário seria problema e mostraria um clube rachado. O que não ocorre.

Jun 8, 2012

A inveja mata !

Quando Iago, na imortal peça Otelo, de Shakespeare,  tão bem transformada em ópera por Verdi,  diz “…odeio Otelo…(ele)…usurpa o meu posto, o posto que em cem bem disputadas batalhas eu mereci…”, retrata um dos piores sentimentos dos homens. O que reuni  a inveja  e o ódio. Está ai, mostrado um dos mais negativos  ponto do ser humano. A inveja cega. Reduz o homem a um ” Iago qualquer”, pronto a vingar-se de um inimigo imaginário. Luta contra fantasmas, espíritos soltos e procura matá-los todos.

Lembrei desta passagem, da obra de Verdi, quando vi o que vem sendo publicado contra o Corinthians nos últimos dias. É manifestação de ódio pura. Irracional, quase racista, onde a inveja é o principal alimento.

Há alguns anos, quando escrevi uma biografia do jogador Neco, fiz larga pesquisa sobre o clube, o jogador e o futebol. Neste trabalho pude ver a vida de um clube sofrido, briguento e discriminado por todo lado. Foi o primeiro clube que nasceu fora do círculo da elite paulistana. Isso já seria motivo para sofrer todo tipo de ataque: “clube dos carroceiros ” foi a primeiro xingo . Não pegou, o clube foi em frente. “Clube de  pretos, de nordestino, de baiano, de favelado… etc ” e um monte de  ofensas foram desfiliando por este século de vida. Nada abalou o Timão. Com sua base social nas classes populares, foi avançando por todo lado e tornando-se o grande clube que merece orgulho.

Mas o desejo de desqualifica-lo sempre permaneceu entre nossos adversários. Recordo-me que encontrei grande dificuldade  em saber os gols que Neco marcou, pois os jornais (mesmo quando o Corinthians vencia ) só destacavam os jogadores adversários. Era uma luta contra o “fantasma” alvinegro.

Nos dias atuais  esta luta ganha novos contornos mas mantém a mesma determinação: “quem são estes caras aí que se acham melhores do que nós? ”

A vida do Corinthians é um belo exemplo de vitória de um projeto que nasceu no povo, lutou com o povo e venceu em todos os campos. Cada vitória conseguida dentro do gramado era logo desqualificada : “o juiz é gatunho” ; ” jogo vendido”; “apito amigo” etc. É o mesmo esquema de sempre, que junta a inveja ao ódio.

Quando o Corinthians ganhou o primeiro tricampeonato  foi…” roubado”..; quando venceu o quarto centenário foi………..”roubado”; quando começou vencer os brasileiros……….foi “roubado”; quando venceu as Copas do Brasil foi…….”roubado”; quando foi o primeiro campeão do mundial de clubes……” foi roubado”… e todos os títulos que vier a ganhar serão sempre……….”roubados”. Nada eliminará o ódio e a inveja dos  menores. E por esta razão procuram fantasmas que expliquem (e destruam) o sucesso do alvinegro.

Não digo com isso que não ocorra erros, de todos os tipos, em arbitragens. Muitas vezes fomos duramente prejudicados e outras  (raras) favorecidos. Sem que, em um caso e outro, isso fosse  “esquema” montado.

O que não significa dizer que não existam casos de “roubos” comprovados no futebol. Quem tiver o trabalho de ler a biografia do jogador Almir (chamado de pernambuquinho) verá um caso deplorável para o futebol. Ele diz, sem muita discrição que no jogo final da Copa Intercontinental contra o Milan, no Maracanã, o juiz estava comprado pelo time brasileiro (o Santos). E isto foi dito pelo diretor santista. E mais, diz que o médico do Santos dopou vários jogadores ( inclusive ele) para a partida contra os italianos. Embora com uma prova deste tipo a mídia continua ignorando o fato. Ah! se fosse outro time!

Devemos entender nossos adversários e suas crises de inveja  e ódio. Nada eliminará este estado mental. Cada vez que jogarmos (vencendo ou perdendo) a dose de revolta aumentará nos corações de nossos irados adversários.

Esta legião de “Iagos” não será vencida nem eliminada. Só terá que conviver com um Corinthians cada vez maior, cada vez mais vencedor, cada vez mais forte no coração de nosso povo.

Jun 8, 2012

Noite fria, futebol gelado.

Ontem no Pacaembu, no empate do Corinthians com o Figueirense, o frio e um futebol ruim dominaram o ambiente. O Timão, com sua equipe principal, mostrou um ataque de irritar qualquer cristão (ou ateu). As jogadas, muitas vezes bem tramadas no meio de campo, não tiveram conclusão ou, quando tinham, erravam feio.

O ataque do Corinthians continua sendo seu maior problema. Com a saída de Adriano, e as precárias condições físicas de Liedson, ficamos sem força na  finalização. Os reservas testados não estão em bom momento e pouco acrescentam ao time.

Por outro lado, alguns jogadores, de quem tanto esperavamos, estão “fora de forma”. É isso mesmo, no quarto mês da temporada parece que não fizeram qualquer período  de treinamento.

O pior é que não existem boas alternativas no mercado que possa suprir a falta de atacantes. Muitos dos nomes por ai falado, demorariam algum tempo para poder atuar bem. E nosso ataque precisa de bons jogadores “súbito”. O tempo é tudo e não temos mais espaço neste quesito.

Que falta faz ,nesses momentos,bons jogadores da Base ! O negócio é ir em frente e torcer para que alguns jogadores melhorem ( e muito) seu desempenho.

Reuniões e reuniões

Qualquer reunião de sócios ou conselheiros do Timão tornam-se, “na mídia”, uma conspiração, articulação etc. Ontem, no Pacaembu, encontrei alguns diretores da atual gestão  no intervalo do jogo. Como todos sabem não faço parte do atual grupo dirigente, o que não impede nenhuma conversa, discussão, palpites etc.

Na noite de quarta, em um galinhada ( onde o cozinheiro sou eu), reunimos perto de 30 corinthianos. Metade, pelo menos, era pessoal ligado a atual diretoria, e outros eram membros da oposição. Conversa animada cheia de todo tipo de palpite sobre jogador, jogadas etc como é comum. Nada mais. No último sábado, almoçamos no restaurante do Corinthians numa mesa de uns 20 sócios e conselheiros. Velhos corinthianos, com uma vida dedicada ao clube, onde metade era da oposição e outra parte da situação ( inclusive diretores) e alguns não eram de lado nenhum. Conversamos sobre jogadores do passado e do  presente; jogos históricos, gols e tudo mais.

Na mídia tudo isso aparece como conspirações, jogadas, alianças etc. Fazer o que!  Qualquer papo no Corinthians vira reunião na mídia.

Jun 6, 2012

Um mundo sem solução.

As declarações do jogador Joelson, que atua na equipe do Pergocrema, terceira divisão do campeonato italiano,  é de assustar qualquer um. O atleta brasileiro, que foi para Itália ainda juvenil, fala sobre esta última apuração da polícia italiana, sobre fraudes com apostas e jogos de futebol. O quadro mostrado por Joelson ( que confessa ter participado do “esquema”) é de tal gravidade que desanima qualquer um que goste de futebol.

Básicamente, ele disse que é generalizada a venda de resultados em todas as divisões do campeonato italiano. Apenas os jogos dos clubes, que estão disputando as primeiras posições e jogos da TV, são para valer. Em partidas secundárias (com clubes sem chances de títulos) é tudo vendido. Os dirigentes procuram os jogadores, que procuram outros atletas que vendem tudo: o resultado do jogo, o autor do primeiro gol, o placar, até pênalti é vendido. O pior, esta fraude toda serve para casas de apostas legais e ilegais.

Estes pontos de apostas – alguns pela internet protegidos por paraísos fiscais – completam o quadro desastroso em que está envolvido o futebol italiano.

A atual onda de apuração é a quarta ou quinta série de escândalos que o futebol da bota gerou. Em todos eles feita apuração, os envolvidos (dirigentes, jogadores) foram duramente condenados. Isto não tem adiantado, porque, após algum tempo, o problema volta e cada vez mais sofisticado. É um drama quase sem solução.

Melhor um acordo

O Departamento Jurídico do Corinthians anda falando, por todo lado, que foi uma boa solução o acordo com Adriano no processo trabalhista movido pelo atleta. Pode ser. É sempre melhor um acordo razoável do que uma longa demanda, com perigos de toda a espécie. O que o Departamento Jurídico afirma (salário, tempo de contrato etc) é apenas uma parte dos problemas. O que ele não diz, é que aquele rompante de “justa causa” clara e insofismável, seria de difícil sustentação no processo. Aquele “caminhão” de provas de faltas injustificadas que o clube dizia ter (falavam em 42 faltas aos treinos e tratamento) não era bem um “caminhão”. Além disso, para quase todas as ausências, o atleta tinha a concordância do Departamento Médico. Faz bem o Jurídico de comemorar o acordo mas, sem exageros. O jogador poderá dar sua versão, que não é, exatamente, o que vem sendo propagandeado pelo clube.

Críticas

Muitos leitores deste Blog estão protestando por meios de artigos escritos por torcedores de outros times contra o Corinthians. Não leio todos sites e artigos (alguns endereços não frequento) mas acho normal esta raiva (quase canina)  que alguns adversários mostram quando chegam partidas decisivas. Sempre foi assim. Há casos em que é razoável polemizar mas, em outros, a questão é não perder tempo. Vamos para coisas mais interessantes.

Jun 5, 2012

Recomeçando!

O Atlético de Minas anunciou a contratação de Ronaldinho gaúcho para o campeonato brasileiro. Está ocorrendo um  enorme sururu na mídia. A saída do atacante do Flamengo não foi nada pacífica, gerou bate-boca e vai terminar nos tribunais.

Não sou daqueles que dizia que Ronaldinho gaúcho era só inferior a Pelé. Teria superado Mané Garrincha na lista dos maiores de nosso futebol. Nada disso! Foi um jogador bom, que teve alguns momentos brilhantes. E só!

Quem quis fazer crer que o jogador era um “fora-de série” foi o Flamengo e a mídia amiga . Compará-lo com Ronaldo fenômeno (como andaram querendo fazer) é uma loucura completa.

Sua contratação, agora pelo Atlético de BH, está gerando uma tonelada de críticas aos mineiros. Certamente não gostaria que ele viesse para o Timão, mas por motivos diversos do que mostra a mídia para recomendar o fim de sua carreira. Como sempre afirmei nunca achei que ele era o “craque” que andaram propagandeando.

Querer dizer que seu desempenho não foi bom no Fla, porque “agitava” a noite carioca, é bobagem. Se formos julgar os  jogadores por porta de boate, balada, festinhas e outras casas mais, teríamos um susto por hora. O primeiro critério deve ser o campo. É lá que vemos o craque, o jogador médio e o perna de pau. A balada está em outro item.

Lamentável o que faz, agora, o Flamengo, divulgando um vídeo de Ronaldinho entrando num quarto de hotel com uma mulher. Bobagem pura. Como foi bobagem o Corinthians dizer que Adriano tinha faltado mais de 40 vezes aos treinos e tratamentos. No caso do Timão, com o acordo, teve que assumir que o jogador estava autorizado pelo Departamento Médico do clube para  justificar suas “ausências”. O Flamengo deve juntar as provas que tem, mas acho que também fará um acordo em juízo.

Dará certo o jogador no Atlético?  Se consideramos que é um jogador bom- mas não fora de série- e está em fim de carreira (portanto deve jogar pouco)  poderá render bem. Mas se os atleticanos acreditarem que estão contratando o craque que desequilibrará o mundo do futebol, será um fracasso. E nem pensar em volta à seleção, pois o presidente Marin não quer.

Publicidade

Uma pauta interessante para nossa mídia: por que tantos clubes grandes estão sem propaganda na camisa? Decisão dos clubes de não “sujar” os uniformes? Falta de empresas com interesse no futebol? Falta de grana nas empresas?  Eu tenho uma resposta, mas o melhor é esperar que a mídia faça uma boa matéria sobre o assunto.

 

Jun 4, 2012

Sem laço!

O jornalista Nelson Rodrigues, torcedor do Fluminense,  dizia que a “seleção é a pátria de chuteira”*. Com isso, marcava a importância futebolística e emocional que os jogos da “canarinho” deveriam trazer. Era sua luta contra o descrédito no Brasil em todas as áreas, inclusive no futebol.

Confesso que fui criado neste clima de paixão pelo esquadrão nacional. Após 1958, e com as vitórias sucessivas de nosso time, acreditamos todos na superioridade de nossa “pátria”.

Nos últimos tempos, diria melhor nas últimas décadas, vejo um nítido aumento do desapego do nosso torcedor pela seleção brasileira. Uma posição de indiferença, um ar de “não estou nem ai”, mostram uma perda daquela paixão quase irracional que tínhamos  pela seleção brasileira.

Muitas são as explicações mas, não tenho dúvida, que este desligamento vem porque muitos dos nossos atletas não têm história no Brasil. Com a diáspora, que levou tantos e tantos atletas para fora do pais  a seleção nacional torna-se um time de desconhecidos.

Ontem, enquanto via o jogo, escrevendo um texto sobre licitações no computador, fui tomado por uma indagação interessante. Vi que não conhecia boa parte dos nossos jogadores. Não sabia onde tinham iniciado sua carreira, onde atuavam e qual o histórico de cada atleta . Alguns, para ser sincero, nem sabia que eram jogadores de futebol.

Neste ponto fiquei pensado: se eu – que vivo futebol o dia todo – não sei quem são estes jogadores, imagino o torcedor eventual, que veste só a camisa da seleção. Deve estar achando que o time é grego.

E pensei, também, em Nelson Rodrigues: o que ele acharia ter que torcer para uma ” pátria”, em que não conhecemos os nossos soldados.

* Fui alertado que a frase inicial do Nelson Rodrigues teria sido pronunciada por alguém antes dele. Não lembro. Pelo que sei é do Nelson. 

Publicidade

Neste final de semana, a mídia traz mais notícias exaltando o “mundo maravilhoso” das finanças de nossos clubes e de nosso futebol. Alguém poderia explicar por que então a maioria dos grande clubes não tem empresas patrocinadoras na camisa? Deve ser excesso de dinheiro no mercado e falta de tempo para fazer contratos com clubes.

Segunda diferente

Esta segunda-feira está estranha. Não ouvi, não vi e não li nenhuma notícia bombástica sobre o estádio do Corinthians. Mesmo aqueles tradicionais veículos, que anuncia um apocalipse por semana, estão calmos. Devo ficar tranquilo? Ou não ?

Jun 3, 2012

Sem emoção

Um domingo sem jogos de campeonato, com times nacionais, é um dia  frio. Mesmo onde a temperatura ultrapasse 35 graus, ninguém esta vibrando por nada no mundo do futebol. Não quero desmerecer nossa seleção mas, preferiria uma rodada do campeonato nacional.

Um amistoso da seleção brasileira é um amistoso. E nada mais! Falta aquele sabor que o futebol dos times, que disputam o campeonato nacional, colocam no domingo.

Andei vendo jogos amistosos de outras seleções. O mesmo desinteresse da torcida. Estádio com pouco público e um ar de “não estou nem ai” por todo lado. Gente bebendo, comendo saunduíches enquanto a bola rolava solta.

Salva o final de semana, apenas os jogos eliminatórios da Copa de 2014 . O jogo de ontem ( da Argentina), deu um respiro de disputa com belos gols e belas jogadas. Nossos ” hermanos” estão organizando um bom time para a Copa no Brasil.

Padre e Cardeal

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, entregou neste sábado, uma camisa ao padre Marcelo Rossi. Parabéns! Ele é um corinthiano assumido. Mas creio que o presidente deveria homenagear, também, o Cardeal Paulo Evaristo Arns, grande e histórico corinthiano.

Recordo-me que Dom Paulo  lançou ( no Parque São Jorge)  um livro sobre o Timão. Foi um evento muito importante para o clube embora um dos vices do clube ( sr. Nesi Cury) tenha comandado um boicote  a noite de autógrafo. Dizia que o cardeal  “defendia bandidos” e era “a favor dos direitos humanos” . Muitos diretores  e conselheiros não foram ao lançamento ( especialmente os ligados ao grupo do ex-presidente Wadi Helu). Há uma foto- histórica , creio- dos que compareceram. E salvaram o clube de um vexame.

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