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Nov 26, 2013

Bola fora da CBF e do…BSFC.

Quem esperava um avanço nas negociações entre o BSFC e a CBF, não deve ter muita esperança.

A nota da CBF sobre o ” fair play financeiro” é o nada do nada. A questão é que os jogadores querem receber em dia e a CBF não tem nada com isso. São os clubes que tem contratos e dívidas à pagar.

A CBF acena com a possibilidade de “tirar os pontos” das equipes que não pagarem suas dívidas em dia. Bobagem. Nem na Europa (rica e bela) isso foi possível.

O que poderia fazer a CBF é proibir ( como manda a FIFA) que contratos com jogadores contenham “parcerias” com empresários, jogadores, parentes de jogadores etc. Como sabemos, nos dias autuais, quase todos os contratos tem este modelo de sociedade proibida.

Mas sobre isso – que é sua obrigação- a CBF fica quietinha.

E os jogadores também. Tem uma legislação protecionista  ao extremo ( a CLT) que defende atletas de salários mínimos até quem ganha 1 milhão por mes. E tudo de forma igual.

Seria bom que os atletas falassem algo sobre esses “contratos-parceiros”, que lesam os clubes e fazem a festa de empresários, jogadores e dirigentes. Nada farão . A farra é boa e o pirão garantido.

Com a palavra a CBF. Em uma só canetada pode mandar os clubes cumprirem  a norma da FIFA, que elimina isso tudo, abrindo espaço para uma negociação séria no futebol.

 

Nov 24, 2013

Mudança franciscana

(Jogadores de Corinthians e Fla no protesto do BSFC)

Uma coisa ninguém pode negar ao jogador Paulo André, em sua entrevista, na página amarela da Veja desta semana: é um sujeito correto. É, claramente, bem intencionado.

No bom mocismo característico do pessoal do BSFC  há quase um toque de frades franciscano. Querem um mundo melhor, um futebol melhor e uma vida melhor para todos. Uma permanente reafirmação de desejos com incrível coragem e desprendimento.

Boas idéias, boas palavras e bons propósitos são importantes em toda área da atividade humana.

Agora, dos bons programas à realidade de sua implantação, vai um planeta de dificuldades.

Como está claro, o pessoal do BSFC não sabe bem o que quer, pois, já mudaram várias vezes suas premissas. Querem o melhor para todos, como dizem. Porém,isso é algo tão vago quanto querer o fim das doenças.

Talvez este certo ar de ingenuidade seja um dos fatores do sucesso midiático do Movimento até os dias atuais.

Assim como não sabem bem o que querem são equivocados na sua análise sobre o futebol brasileiro.

Diz Paulo André que os jogadores que jogaram na Europa quando retornaram perguntaram: “Como é possível eu ter saído daqui há tanto tempo e nada ter melhorado?”

Errado. Muito errado. O futebol brasileiro evoluiu muitos na últimas décadas.

Tem calendário para todos os meses do ano; os jogos começam no horário em todos os estádios; dentro do gramado há controle de pessoal; as arbitragens melhoraram; há um bom número de estádio em boas condições. E tem o Estatuto do Torcedor, que foi um grande salto no nosso esporte.

Há falhas? Muitas. Gramado ruim em vários estádios; penetras nos gramados; e até a imperfeita venda de ingressos (com favorecimento de grupos de torcedores).

Mas -que o jogador  confirme- nossa situação é bem melhor que a Europa como um todo. Bastaria dizer que em boa parte dos países, os campeonato vivem comprometidos com a venda de resultado (ex.Itália) com a presença constante de jogadores nas maracutaias.

A melhora do futebol brasileiro nas últimas décadas pode ser medida pelo número de jogadores (alguns craques fora de série) que retomaram para equipes brasileiras, com grandes salários.

A entrevista de Paulo André é boa. Muito boa e bem intencionada. Mas sem qualquer novidade que mude o futebol brasileiro.

Nov 24, 2013

Corrida para mudanças

 

Corinthians fará ampla mudança de jogadores em 2014

 Time enfrenta Flamengo em meio a projeto de reformulação que visa ainda comissão técnica e diretoria

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

 

O Corinthians joga as três últimas rodadas do Campeonato Brasileiro antes de mergulhar na incerteza. A equipe que enfrenta o Flamengo hoje, às 17h, no Maracanã, está prestes a ser reformulada.

Será um dos processos mais radicais desde a queda para a Série B, em 2007. O clube também vai trocar a comissão técnica e parte da diretoria de futebol.

Nomes importantes do elenco que conquistou o título mundial, há quase um ano, não estão nos planos. É o caso do atacante Emerson. E está longe de ser o único.

“No futebol, tem momento para tudo. Há o instante para agir, outro para ter flexibilidade. Sabemos quando se deve fazer as coisas”, diz o presidente Mário Gobbi.

Com a provável chegada do técnico Mano Menezes, o grupo de jogadores deve passar por mudanças significativas. Entre os titulares de Tite, Danilo foi liberado para procurar outra equipe.

Paulo André recebeu sondagens do futebol do Qatar. Douglas está disponível, assim como Ibson.

O capitão Alessandro avisou que, se não receber oferta de renovação, vai se aposentar. Seu vínculo termina em 31 de dezembro. Maldonado jogou apenas oito partidas em 2013.

“Sabemos quais são as necessidades do elenco. O planejamento está feito para 2014”, garante Edu Gaspar, gerente de futebol.

As mudanças vão dar trabalho porque o clube não pretende pagar para rescindir nenhum acordo. Quer incluir os atletas em negociações por reforços. Há alguns que vão demandar maior atenção.

Nos planos do Corinthians, Alexandre Pato está no mercado. Qualquer oferta que se aproxime dos R$ 40 milhões, valor pago pelo clube brasileiro ao Milan, da Itália, tem boas chances de ser aceita.

RALF

A diretoria quer manter Ralf, mas a necessidade de fazer caixa e os milhões de alguma equipe europeia podem mudar rapidamente o cenário.

Há também os que não costumam ser escalados por Tite e estão livres para encontrar um novo time.

São os casos do goleiro Júlio César, do lateral Guilherme Andrade, do volante Jocinei e do atacante Douglas. O vínculo do chinês Zizao não será renovado.

Além disso, os principais nomes da comissão técnica estão de saída. Tite, o auxiliar Cleber Xavier e o preparador físico Fábio Mahseredjian serão substituídos. Uma exceção será o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, contratado em 2009 a pedido de Ronaldo.

Não bastasse tudo isso, Gobbi será obrigado a mudar a diretoria de futebol. De olho na eleição para presidente, em 2015, o diretor de futebol Roberto de Andrade vai se dedicar à própria candidatura.

O diretor adjunto Duílio Monteiro Alves pode trilhar o mesmo caminho. Alega problema de saúde para deixar o dia a dia do Corinthians.

www.folha.com

Nov 23, 2013

Um equívoco só

 

Corinthians procurou Mano pela primeira vez em setembro

 

 Futuro de Tite estava selado antes da queda na Copa do Brasil

ALEX SABINO DE SÃO PAULO

O Corinthians procura novo técnico desde setembro. A Folha apurou ter sido nesse mês que o presidente Mário Gobbi telefonou pela primeira vez a Mano Menezes, quando ele ainda comandava o time do Flamengo.

Outros nomes foram sugeridos, como Oswaldo de Oliveira e Abel Braga, mas o dirigente decidiu, sozinho, que a melhor alternativa era recontratar o treinador campeão paulista e da Copa do Brasil de 2009.

Mano está no exterior e é esperado em dezembro para assinar contrato. Ele se demitiu do clube carioca em 19 de setembro.

Tite descobriu a mudança por terceiros, não pela diretoria corintiana. Foi informado oficialmente só poucas semanas atrás.

Ficou decepcionado nem tanto pela decisão em si, mas pela maneira como aconteceu. Também não gostou do vazamento de informações.

Após derrota para o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro, em 16 de outubro, Tite esteve virtualmente demitido.

A queda só não ocorreu porque Paulo André, Fábio Santos e Alessandro intercederam. Na conversa entre os dirigentes, a dúvida já era o melhor momento para anunciar a contratação de Mano.

Para agradar a Tite, o departamento de marketing do clube prepara homenagem a ser feita antes do jogo contra o Internacional, no Pacaembu, no dia 30.

www.folha.com.br

Nov 22, 2013

Um pouco confusa

O Bom Senso F.C. divulgou- mais uma nota- colocando as duas “premissas fundamentais”  do Movimento.

Muito bem . Não são as que eram divulgadas na fase inicial, mas isso não é importante, porque são melhores.

No item 1 destaca – já de cara- que devemos ter aumento de jogos para as divisões inferiores. Viva!  Um Movimento que começou falando em “limitar”  o número de jogos  agora viu a realidade. Milhares de clubes estão fechando – no Brasil todo- por falta de campeonatos, copas, eventos etc. O número mínimo de 36 jogos é pequeno mas isso não tem importância e será visto no fututo. O problema maior é a viabilidade economica deste calendário para os pequenos. Custa caro e terá que ser ajudado. Por todos, desde a CBF, até os clubes grandes, a TV e o Governo.

A segunda parta da premissa 1  trata da redução dos jogos dos times grandes. Difícil. São apenas perto de 10 equipes  e suas partidas não são superiores a qualquer time europeu de elite.

A premissa número 2 do comunicado de ontem é uma confusão só. Apoia o parcelamento de dívidas dos clubes (fiscal e trabalhistas) . Qual? Este que o Congresso Nacional está discutindo?  Ou algum outro? Diz que haverá “adequação dos salários dos atletas” . Isso eu gostaria de ver escrito por algum jogador. Com firma recolhecida  e testemunha.

Curioso que este item 2 é todo com os clubes e o BSFC só vive querendo falar com a CBF e as  Confederações,  que pouco tem com estas questões.

O comunicado não fala nada sobre o principal problemas dos grandes clubes e jogadores que é a “sociedade” ( ou parceria) pelos direitos economicos dos contratos que dilapida a receita dos clubes . E só existe pela participação ativa dos atletas.

Lendo o comunicado fico com a sensação que os jogadores estão como os grêmios estudantil : tem soluções para tudo, embora não saibam de onde vem os problemas. Mas sabem como resolver tudo e de forma rápida.

 

Nov 21, 2013

Operação desastre

 

Tite foi ‘fritado’ durante quatro meses

Relação com clube ruiu entre título da Recopa e a goleada sofrida para a Lusa e acabou após a eliminação na Copa do Brasil

  • Vítor Marques – O Estado de S.Paulo

SÃO PAULO  – Os cinco títulos conquistados por Tite ao longo de três anos no comando doCorinthians, o último deles em julho contra o rival São Paulo, davam a nítida impressão de que o casamento entre técnico e clube continuaria em 2014. Mas, do título da Recopa até a goleada sofrida para a Portuguesa, em Campo Grande, por 4 a 0, a relação ruiu. E quatro meses depois do seu terceiro título internacional, a saída do treinador foi consumada e informada em uma entrevista coletiva.

 

Os fatores decisivos para saída de Tite foram o desempenho e a má fase do time, opiniões divergentes de uma diretoria rachada, e o “fator” Mano Menezes, o técnico preferido do presidente Mário Gobbi e futuro comandante do Corinthians. E, nesse cenário, nasce uma prática tão comum e antiga no futebol e que atinge até um técnico campeão do mundo: a “fritura”.

Tite ouviu críticas de todos os lados, algumas cobranças diretas em reuniões com diretoria. Mas muitas delas chegavam a ele por meio de outras pessoas ou ainda “vazadas” para a imprensa – e estas o deixavam extremamente irritado porque, segundo ele, não se sustentavam.

Um exemplo foi o de que o técnico, após o título do Mundial do Japão, tenha se tornado intransigente. Outro foi o de que tinha perdido o controle do elenco. Com os maus resultados surgiram as especulações, os possíveis nomes para substituí-lo ainda nesta temporada.

As primeiras cobranças da diretoria, em reuniões formais com Tite, comissão técnica e jogadores, surgiram em março. O motivo era o péssimo futebol no início do ano, mesmo na primeira fase da Libertadores.

Pouco antes do fatídico jogo contra a Portuguesa (goleada por 4 a 0), em que Tite entregou o cargo e depois voltou atrás, houve um jogo emblemático. A derrota para o Botafogo por 1 a 0 no Maracanã, na abertura do segundo turno do Brasileirão.

Gobbi passou a ser cobrado para demitir o treinador e não foram poucos os que foram a sua sala clamando pelo nome de Abel Braga. O único cartola contrário à saída de Tite no meio da temporada foi Roberto de Andrade, diretor de futebol. Outros, entre eles Gobbi, claudicavam e já sonhavam com um novo comandante em 2014.

O nome não era Abel Braga, mas sim Oswaldo de Oliveira. Um fato novo mudou a escolha do técnico do Botafogo e colocou mais pressão sobre Tite: Mano Menezes. Poucos dias depois da derrota para o Botafogo de Oswaldinho, e antes do jogo contra a Portuguesa, Mano pediu demissão no Flamengo.

Tite decidiu continuar após os 4 a 0 e teria avisado a todos que não ficaria para 2014. Mas que também iria até o fim. Desejo este que não era igual ao de toda a diretoria, como aconteceu após a derrota para o Grêmio, por 1 a 0, no Brasileiro.

Gobbi e parte dos cartolas teriam arquitetado para que Tite pedisse demissão, assim ninguém ficaria com o ônus de ter derrubado o treinador, querido pela torcida e até por conselheiros: uma pesquisa no Parque São Jorge apontou que 80% queriam que Tite ficasse. Gobbi nega que queria demitir seu treinador. Mas o iminente retorno de Mano Menezes é uma vitória pessoal do presidente.

Com a eliminação na Copa do Brasil, o futuro de Tite já estava traçado – ele também já tinha percebido que o melhor era sair. Tite soube que seu contrato não seria renovado antes de vencer o Coritiba. Daí aquela melancólica entrevista em tom de despedida.

www.estadao.com.br

Nov 20, 2013

Cortando cabeça

No dia de ontem, um jornalista que sempre defende a atual diretoria corinthiana ( quando acerta ou erra), apresentou curiosas razões para  a troca de treinadores no Corinthians.

Disse ele que a direção chegou a conclusão de que o elenco necessita de “profundas” reformas. Com Tite no comando isso seria impossível. Foi com este elenco que o clube tanto venceu e o treinador sentiria “sempre” em débito com aqueles que tanto ajudaram nas conquistas.

Seria, portanto, o treinador Tite um obstáculo a renovação do elenco. Com ele não daria para fazer o que quer a diretoria: “cortar cabeças”.

Neste quadro, cairia como uma luva o treinador Mano Menezes. Não teria “compromissos” com o elenco e é muito próximo da direção do clube. Poderia comandar uma mudança brusca com saídas de vários e contratações de outros.

Não acho que seja tudo isso. Primeiro porque Tite é um profissional do maior respeito e trabalha preocupado com os objetivos maiores do clube. Por outro lado este problema de ser “amigo” em excesso dos jogadores, no Corinthians, é mais de diretores do que de técnico.

Mas há um outro dado pouco lembrado. Os jogadores sempre citados para “sairem” são  atletas com contratos de longo prazo e salários  grandes. Com o agravante de que -quase todos os atletas – tem os chamados contratos de “parceria” ou “participativo” sobre os “direitos econômicos” ( quer dizer, passe)do jogador. Nestes acordos- a margem da lei e proibido pela Fifa- os direitos economicos são divididos: uma parte pro jogador, pro empresário, pro pai do jogador etc e tal e um percentual pequeno para o clube .

Dispensar um atleta com esse tipo de  contrato dá um barulho danado. E um enorme prejuízo, para todos.

Nov 19, 2013

O bom senso está chegando ao Bom Senso FC

Parece que caiu a ficha dos jogadores que organizam o movimento Bom Senso FC. As idéias iniciais ( com aplauso quase geral pela mídia) levavam ao nada. Ou melhor, com uma casca de revolução, mantinha todos os problemas que temos.

As bandeiras iniciais foram  ( ou eram) : férias dos atletas;tempo para pré-temporada;alteração no calendário com diminuição de jogos; flair-play financeiro (isto é pagar os salários) e presença de jogadores nos órgãos esportivos. Algumas são de inteira justiça (salários, férias, pagamento etc) mas outras são totalmente equivocadas . A principal bandeira era a diminuição de jogos dos clubes. Um erro só.

O problema da maior parte dos clubes brasileiros é ausência de jogos não excesso de jogos.

A mídia, de hoje, publica uma grande mudança na “plataforma” do BSFC. Diz um atleta para a UOL : “aumentar os jogos dos pequenos e diminuir dos grandes” Viva ! Assim começamos a melhorar. Centenas de clubes brasileiros estão fechando, um atrás de outro, por falta de competição.  Aumentar o número de jogos será a salvação deste clube.

“Diminuir os jogos dos grandes ” é bandeira para meia dúzia de clube. E não sei se estes clubes querem isso.

De qualquer forma, é muito positivo que um movimento para mudar ( de verdade) pense na maioria dos clubes que estão morrendo por ai.  O número de jogos mínimo citado ( 36) por equipe é reduzido. Precisaria aumentar mas já é um bom começo.

Eventos futebolisticos o ano todo, para todos os clubes, seria ótimo mas custa caro. A maioria de competições precisam de subsidios. Mas é ai que o BSFC mostrará que quer mudar ou fingir de mudar.

Muitos pontos estão faltando nesta discussão mas a entrada de número mínimos de jogos já é um grande avanço.

Esperemos que os atletas discutam ( no item flair-play financeiro) as “parcerias” em seus contratos e não aceitem participar desta ilegalidade generalizada.  E neste caso não é preciso de muito coisa. Só concordar com as normas da FIFA que restringe a relação no futebol entre o clube e o jogador. É querer muito. Pode ser.

Nov 19, 2013

O pós-Tite

A anunciada não renovação do contrato do técnico Tite com o Corinthians está dando o que falar. E quando janeiro chegar, dará maior barulho ainda.

Tite deixa o Corinthians em uma situação singular: é o técnico mais vitorioso da história do clube. Venceu tudo. E o que é mais interessante com um elenco “médio” de jogadores. Nenhum “fora de série” entre seus jogadores. Sua força veio do trabalho, da organização da equipe, da dedicação dos jogadores etc. Foi- claramente- o fator decisivo para as últimas jornadas.

Lembremos ainda que foi sempre técnico e, por vezes, diretor de futebol e até presidente no Corinthians. Qualquer crise que aparecia ( a da Bolívia  é um exemplo) a diretoria batia cabeça ( ou sumia) lá estava o Tite para “segurar a barra”.

A direção do clube diz que “segurou” o técnico quando muitos queriam sua demissão. Como sabemos, isso não é a história completa. Muitos diretores ( importantes, no clube) sempre viraram a cara para Tite. Quando de sua contratação a direção estava em pânico. Sem técnico e sem opções  foram ao exterior buscar o Tite.

Com uma multa de rescisão e muitos vitórias o técnico ficou no cargo.

Agora, sem títulos no segundo turno, a diretoria usa malabarísticos argumentos para dizer que o tempo passou e o clube precisa de um novo técnico.

Dizem que já estaria contratado o técnico Mano Menezes. Não sei. Mas é um nome alguns degraus abaixo de Tite. Se retornar ao Corinthians será em situação muito diferente da que teve em sua primeira passagem. Não terá a série B ( que o Palestra prova que não precisa de técnico ou time para vencer) e também não terá Ronaldo.

Vamos aguardar. Mas creio que não foi uma boa solução.

 

Nov 18, 2013

O Corinthians na despedida de Tite

 

Contra o Vasco, Corinthians começa adeus a Tite

 

Confirmada a saída de Tite ao fim do ano, o Corinthians começou sua curta temporada de despedida do treinador na tarde de domingo. O resultado foi o 84º empate do gaúcho à frente do time do Parque São Jorge – o 16º no atual Campeonato Brasileiro –, um 0 a 0 com o Vasco no estádio do Pacaembu.

O resultado não foi bom para os donos da casa, que agora podem parar de sonhar com a classificação à próxima Copa Libertadores. Também não foi dos melhores para a formação de São Januário, que, a três rodadas do fim do Nacional, segue na zona de rebaixamento à Série B.

Terminados os gritos da torcida em homenagem a Tite, a bola rolou, e o Corinthians foi superior no primeiro tempo. Melhor tecnicamente, a equipe paulista conseguiu criar algumas oportunidades e não as aproveitou. Após o intervalo, o jogo se arrastou lentamente para um empate sem gols.

Djalma Vassão/Gazeta Press

Os jogadores do Corinthians não conseguiram evitar seu décimo empate sem gols no Brasileiro

Vasco penso; Corinthians cego
Ciente de que Alessandro não é um lateral esquerdo, Adilson Batista optou por deixar desprotegido o lado direito de sua defesa. Ele montou o Vasco em um 4-5-1 no qual Wendel ajudava o lateral Yotún na marcação pela esquerda. Pela direita, o papel de lateral era feito pelo lento zagueiro Renato Silva, sem qualquer proteção – Fagner era um meia-atacante que mais caía pelo meio do que pela ponta. 

Bastava ao Corinthians virar o jogo para encontrar uma avenida, mas a equipe teve dificuldade para enxergá-la. Nas vezes em que atacou pela esquerda no primeiro tempo, o time da casa teve um caminho mais livre e criou perigo. Foram raros esses lances, preferindo o alvinegro local furar a marcação pelo outro lado – onde estava Emerson – ou pelo meio, fechado por Abuda e Guiñazú.

De qualquer maneira, a superioridade da equipe do Parque São Jorge era clara. Chegando pelo meio, ela esteve perto do gol em cobrança de falta de Douglas. Em boa jogada pela direita, com passe de letra de Emerson, Edenílson cruzou bem, e Romarinho não conseguiu concluir como gostaria.

Pouco mudou com a entrada do tímido Igor no lugar do contundido Alessandro, aos 15 minutos. O Corinthians bateu e voltou na parte fechada da defesa cruzmaltina e só levou perigo do outro lado. Ao menos Renato Augusto percebeu a lacuna no adversário e passou a cair por ali com frequência maior.

O camisa 8 conseguiu duas finalizações perigosas dali, uma delas em tabela inteligente com Romarinho. Em outra oportunidade no mesmo setor, o falso centroavante recebeu um lançamento de Gil e deu um toque de trivela para Romarinho, que concluiria livre, na pequena área, se tivesse chegado uma fração de segundo mais cedo.

Djalma Vassão/Gazeta Press

A presença de Renato Silva na lateral direita não foi bem aproveitada pelo time do Parque São Jorge

Segundo tempo arrastado
Terminado o intervalo, após alguns minutos na esquerda, Emerson voltou para a direita, onde recebeu um bom lançamento de Douglas em contra-ataque. Ele invadiu a área, cortou a marcação e bateu cruzado, errando por pouco. Na sequência, aos 12, Adilson trocou Marlone por Thalles, o que não mudou a disposição tática vascaína. 

Exceção feita ao chute de Sheik, o segundo tempo estava arrastado. Por isso, a torcida não gostou quando Tite trocou o dinâmico Renato Augusto, ainda longe da melhor forma, pelo lento Danilo. No Vasco, Adilson apostou no mais ofensivo Francismar no lugar de Wendel.

Danilo entrou pela direita, e Emerson virou centroavante. Depois, Rodriguinho substituiu Guilherme para que houvesse mais um articulador em campo. O Vasco ainda apostou no atacante André, mas o jogo não saiu da inércia e caminhou para um fim com placar zerado.

www.gazetaesportiva.net

 

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