É grana!
(Roy Lichtenstein, “Happy Tears” (1964)) (Reprodução)
O jogador Cristiano Ronaldo, após marcar um gol para o Real Madrid, no último domingo, 2/9, fez um biquinho e uma cara de magoado.
Encerrada a partida, lá foi a imprensa perguntar qual era o motivo daquele ato: “a Direção já sabe. Falei com a Diretoria” .
A partir da afirmação, foi uma corrida da mídia para saber porque o craque estava “infeliz”.
Todos os motivos foram especulados: problema familiar, atritos com o técnico, saudades da Ilha da Madeira etc. Nada disso!
É tudo muito simples.
O motivo é “grana”.
O jogador quer faturar mais do que já ganha pelo atual contrato. Cita inclusive Kaká, que recebe igual a ele, e nem mesmo é relacionado para o banco. O jogador “já falou” para a Diretoria o que quer e disse mais, que o Paris Saint German tem uma proposta para ele. O Clube francês, comprado pelos petrodólares de Dubai, nega a proposta.
Mas tudo foi esclarecido.
O craque quer outro contrato – com grande reajuste – e a Diretoria já teria conhecimento de suas bases.
O único problema é que o Real Madrid está numa pindaíba de dar gosto. Vive nos últimos anos de “emprestar dinheiro de bancos sob juros camaradas”. Ocorre que, nos dias atuais, os bancos de Madrid estão (quase todos) quebrados, vivendo de ajuda dos alemães.
Em uma situação normal, o Real não teria problemas e daria o reajuste ao craque na hora.
Com a Espanha quebrada e sem saída, pedindo socorro aos alemães, o problema do Real Madrid é de encontrar grana.
E o aperto é grande. Até Kaká está sem receber seus salários, assim como vários outros atletas de nome.
A crise chegou ao futebol, inclusive aos “grandes” investidores na Europa.
O Real Madrid vai dar um jeito.
A solução não será a mesma do caso Tevez, na Inglaterra, quando o dono do time lhe disse: vendo por este valor e pronto.
E o jogador teve que recuar e ficar calado.
Ronaldo voltará a sorrir com o reajuste, daqui a pouco.
Ainda que o Real tenha que se afundar mais e mais.
Sem vencedor
Nos últimos tempos, a mídia andou levantando a bola do Atlético Mineiro.
Vimos alguns jornalistas que começaram a dar o título aos alvinegros de Minas.
Menos! Bem menos.
Ontem, 2/9, no Pacaembu, o Corinthians venceu – e poderia ter sido por mais – o time que é apontado como o melhor do Campeonato.
Não sei, não. Acho que nada está ganho ou perdido para ninguém. No grupo dos que podem vencer há um número considerável de equipes. Entre os que podem cair, a coisa está mais clara, com um número reduzido de equipes que disputarão a degola.
Não vou citar nomes para não lhes ferir o orgulho.
Mas ao Corinthians, que, por vários motivos, distanciou-se do grupo da ponta, o Campeonato deve servir para não relaxar.
Jogar sempre para vencer é o melhor caminho para preparar a equipe para as disputas do final do ano.
Adeus
Ruço ficará para sempre na história do Corinthians.
Sua saúde já estava abalada há algum tempo e muitos temiam que viria a falecer em breve. Foi um guerreiro naquela equipe dos anos 1970 que fez história.
Ninguém vai esquecer o Ruço!
São Paulo é Corinthians e… Ponte
Os times de São Paulo apresentaram resultados pífios na radada de ontem pelo Campeonato Nacional.
Somente o Corinthians e a Ponte salvaram a “lavoura”. Pouco adiantou o blá-blá-blá da mídia tentando levantar a bola do Tricolor. Cobertura de estádio, venda de jogadores, prêmios e tudo mais cairam com o Bahia. Como disse bem o Blog do Birner “alguns jogadores do time de Ney Franco merecem severas críticas”.
Também acho.
Do Palestra e do Santos pouco posso acrescentar, até porque eles estão com uma sensibilidade de recém- nascidos.
Mas, com desculpa pela indelicadeza, está mais do que na hora de reagir.
Ou não!
Arbitragem
Não entendi nada da reclamação do Ronaldinho (ex-melhor que Garrincha) no final da partida, no Pacaembu.
O “tal gol” foi um golpe típico de MMA do jogador atleticano. Aquela rebatida de mão do beque do Atlético será adotada pelo técnico José Roberto, na nova seleção de vôlei.
É justo.
Morreu um guerreiro
Morreu Ruço, um dos mais queridos meio-campistas de contenção da história do Corinthians.
Ruço foi o camisa 5 do inesquecível time libertador de 1977: Tobias; Zé Maria, Moisés, Ademir Caipira (Zé Eduardo) e Vladimir; Ruço, Basílio e Luciano (Palhinha); Vaguinho, Geraldão e Romeu; técnico: Osvaldo Brandão (entre parênteses, o nome dos titulares que não puderam jogar na noite de 13 de outubro de 1977).
Ruço foi também um dos heróis do jogo da Invasão Corinthiana, em 1976,ao marcar o gol que empatou a partida e levou a decisão para a cobrança de pênaltis, que terminou com triunfo corinthiano e levou ao êxtase os mais de 70 mil fiéis presentes no Maracanã.
Descanse em paz, Ruço.
Saudade e respeito corinthianos.
texto enviado pelo corinthiano Miguel
Demônios da Garoa, “Coríntia, Meu Amor é o Timão”
(Adoniran Barbosa e Juvenal Fernandes)
Como é bom ser alvinegro
Ontem, hoje e amanhã
Respirar o ar mistura
Do Tietê e Tatuapé!
Lá no alto a velha Penha
Anchieta e Bandeirantes
Ver São Jorge lá na lua
‘Bençoando a Fazendinha
Onde mora um gigante
Tem igreja e tem biquinha!
Corinthians, Corinthians,
Meu amor é o Timão.
Corinthians, cada minuto,
Dentro do meu coração!
Corinthians, Corinthians,
Meu amor é o Timão.
Corinthians, cada minuto,
Dentro do meu coração!
Belém, Vila Maria e Moóca
E São Paulo e extensão
Mogí, Guarulhos, Itaquera
Tudo vibra coringão
É o Corinthians de nós todos
É paulista, é campeão!
Corinthians, Corinthians,
Meu amor é o Timão.
Corinthians, cada minuto,
Dentro do meu coração!
Corinthians, Corinthians,
Meu amor é o Timão.
Corinthians, cada minuto,
Dentro do meu coração!
De Gilberto Gil, “Corintiá”
Ser corintiano é decidir
Que todo ano a gente vai sofrer
Se enrolar no pano da bandeira
E reclamar se o time não vencer
Mas de repente o ano é santo, a gente tá no céu
O time é forte, a sorte é grande, o axé tá com a Fiel
O axé tá com a Fiel
Voa suave o gavião
O axé tá com a Fiel
Bate na trave o coração
Ser corintiano é mergulhar
No oceano da ilusão que afoga
Não importa o plano do destino
Cada jogo é o coração que joga
Bate na trave a ilusão da gente, vai que vai
Chuta de novo que o coração entra e o grito sai:
É gol!
Corintiá
É gol!
Corintimão
Toquinho, “Corinthians do meu coração”
És grande no esporte bretão,
O passado ilumina tua história.
Ciente de tua missão:
Vitória, vitória, vitória.
Corinthians do meu coração,
Tu és religião de janeiro a janeiro.
Ser corinthiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corinthiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.
Tens a tradição
De um clube tantas vezes campeão.
Pelos teus rivais, temido;
Pela tua FIEL, querido.
Ser corinthiano é ir além
De ser ou não ser o primeiro.
Ser corinthiano é ser também
Um pouco mais brasileiro.
Primeiro Hino do Corinthians
Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.
Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.
CORINTHIANS… CORINTHIANS…
A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso
Sem surpresas
Kurt Schwitters (1887-1948), “Merzbild Rossfett“, 1919 (Reprodução)
O futebol é um esporte fantástico, porque não admite unanimidade.
O torcedor sempre se encarrega de contestar algo, criando um caminho diferente para descrever os fatos. Ontem, tivemos mais uma rodada do Campeonato Brasileiro.
Emoção, gritos e choros sobraram por todo lado.
O Corinthians, como qualquer guri sabe, vive um momento pouco comum no futebol.
Suas duas últimas conquistas ainda não saíram da cabeça do torcedor (e também dos jogadores). Não adianta dizer que isso é bom ou ruim, sendo melhor disputar o Brasileirão com uma fome insaciável de vitórias. Os fatos são mais fortes que este desejo. Por esta razão o time alterna boas e más atuações, vitórias e derrotas.
Até o empate entra na categoria de “deixa prá lá”.
Na noite passada, o Corinthians não fez a melhor exibição do mundo, mas poderia ter vencido.
Mesmo com o Flu mordido, querendo a vitória (que interessante, todos querem sempre jogar tudo contra o Timão!) o resultado poderia ser melhor.
Nada que mude o mundo.
Clássico é clássico
Vi nos jornais que o Palestra perdeu para a Lusa e o Santos foi batido pelo Bahia.
Pelo que diz o noticiário nos jornais, houve protestos de torcedores palestrinos e santistas. No caso dos esmeraldinos, acho um exagero: clássico é clássico e tudo pode acontecer, como diz a mídia. Inclusive uma vitória por 3 gols da Lusa. No caso santista, não sei qual seria uma boa justificativa. Talvez dizer que jogar contra times baianos é muito difícil. Pode ser.
Alguns acreditarão.
Mudança
Qualquer mudança na legislação desportiva do país precisa estabelecer o fim da reeleição para os cargos de dirigentes.
Clubes, Federações e Confederações de qualquer esporte devem ter mandatos de até 3 anos e nada mais.
O pessoal dos tais “desportos olímpicos”, que vivem uma “eternidade” nos altos cargos, que procure o que fazer.
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