Aug 5, 2012

O Sr. Derrota

Presidente do COB ocupa o cargo há 17 anos

Do Blog do Nassif

Por Vinicius Carioca

Pede pra sair, Nuzman: o que aprender com o desempenho da Grã-Bretanha nas Olimpíadas

De Kiko Nogueira, No Diário do Centro do Mundo


Nuzman, presidente do COB há 17 anos, reeleito, sem oposição, para mais três

O Brasil, mais uma vez, vai micar.
Já virou uma tradição – ou, numa expressão cara ao meu irmão Paulo, o triunfo da esperança. Olimpíadas têm, no mínimo, uma função importante: inspirar as pessoas a saírem do sofá e praticar esportes. Por que o país não evolui na competiçao? Bem, há muitas explicações. A principal delas nós sabemos: o Brasil não tem uma estrutura que proporcione o surgimento de atletas de outra modalidade que não seja o futebol. Além disso, não há renovação: Cesar Cielo, Fabiana Murer, Bernardinho, Marta, Daiane, Diego Hipólito etc etc. Nada de novo, a não ser na turma do judô.

Mas há um nome que é o mais velho deles e deveria responder por esse desempenho.
Carlos Arthur Nuzman está há 17 anos no Comitê Olímpico Brasileiro, sem trazer resultados expressivos. O que explica esse apego? Em 2000, ele reclamou que não tinha verba e que, se tivesse, transformaria o país em potência olímpica. Bem, contou com 2 bilhões de reais, investidos na preparação para Londres. E aí?

Sim, ele teve um papel importante no fato do Rio de Janeiro ter vencido a disputa para sediar os Jogos de 2016.
Mas o que isso faz dele? Organizador de festas? Em abril, ele foi reeleito até 2016. Foi o único a registrar uma chapa. Nuzman guarda alguma semelhança com Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Ambos são especialistas em se perpetuar nos cargos. Teixeira, porém, tem duas vantagens: 1; ele saiu; 2. apesar de tudo, ele entregou resultados importantes durante seu reinado.


Lorde Moynihan: espantado com o baixo número de atletas ingleses vindos de escolas públicas

Nos Estados Unidos, o presidente do Comitê Olímpico é Stephanie Streeter, eleita em março de 2009.
Seu colega chinês, Liu Peng, assumiu em 2008. O presidente do British Olympic Association, BOA, Lorde Moynihan, está lá desde 2005. Seu mandato expira este ano. A Grã-Bretanha deve terminar em terceiro lugar no quadro de medalhas. O Brasil provavelmente estacionará no 25º, atrás de Cazaquistão, Bielorússia, Coreia do Norte, entre outros.

Na semana passada, Moynihan declarou ser inaceitável a desproporção entre medalhistas oriundos de escolas públicas e privadas.
Apenas 7% dos ingleses frequentam escolas particulares – mas metade das medalhas ganhas em Pequim pertencia a alunos dessas instituições. Até agora, o chamado Team GB faturou nove ouros. Quatro são de gente de escolas privadas e um quinto é de um atleta que estudou na Alemanha. ”Nós teremos falhado se, em 2016, olharmos para trás e não acharmos que transformamos nossa paisagem esportiva. Os Jogos de 2012 têm de causar arrepios em cada uma das nossas crianças”.

Nuzman tem visto, provavelmente, as boas práticas em outros lugares.
Há várias lições a aprender. Mas, talvez, a principal delas é a que ele jamais admitirá: quem perde há tanto tempo precisa sair.
Pede pra sair, Nuzman.

Publicado no www.advivo.com.br/luisnassif/

Aug 3, 2012

Briga para vencer

Grant Wood, “Favela”, 1937. (reprodução)

O técnico Tite, no Estadão de hoje, 3/8, deu a nota da música: é preciso tentar fazer o “impossível” para vencer o Campeonato Brasileiro de 2012.
Nada de desistir e ficar dizendo que já tem vaga na próxima Libertadores. Isso é coisa de time médio.

Como diz o técnico, embora a diferença de 16 pontos seja grande, nada impede que o Timão lute por uma sequência de vitórias que, rapidamente, venha alterar o quadro atual.

Muitos dirão que é bobagem.
Nada disso!  No ano passado, como informa a matéria, o Corinthians ganhou 16 de 18 pontos disputados numa sequência que foi decisiva para conquista daquele campeonato.

Destaque-se, por outro lado, que não há nenhuma equipe se sobressaindo na disputa.

Lutar pelo campeonato só ajudará à disputa pelo Bi-Mundial, no final deste ano,  e diferentemente do que querem crer alguns, não desgastará a equipe.


O COB e suas explicações

As lorotas dos dirigentes olímpicos brasileiros, para explicar os resultados “magros” da atual representação nacional, são de dar dó.

Dizer que estamos apenas nos preparando para  as Olimpíadas do Rio-2016 é papo de enrolador.
O COB recebeu o dobro da grana do Comitê Italiano,  mais de 2 bilhões nos últimos 4 anos, como demonstrou o UOL, sem que os resultados se seguissem à chegada destes recursos.

Todo o dinheiro fica com a cúpula (COB e Confederações) e a base só recebe uns pingados.
Clubes, escolas, centros de formação, Universidades, que no primeiro mundo são a base que sutenta vários esportes, aqui são tratados como núcleos secundários. O caminho está errado e os resultados, que refletem esta discrepância, só podem dar nisso.

Aug 2, 2012

O juiz e seus problemas

Benton, “Boomtown”, 1927-28 (reprodução)

Thomas Hart Benton (15/4/1889-19/1/1975) foi um pintor e muralista norte-americano. Ao lado de artistas como Grant Wood e John Steuart Curry, ele esteve à frente do movimento de arte Regional ou Figurativa Regionalista. Seu estilo, composto por pinturas quase que esculpidas, retratou cenas da vida cotidiana dos Estados Unidos. Conquanto sua obras esteja associada ao Meio Oeste norte-americano, Benton pintou diversas cenas da cidade de New York, onde viveu por mais de duas décadas; dos vinhedos de Martha, região em que passava férias em grande parte de sua vida adulta; da América do Sul; e do Oeste dos Estados Unidos.

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Uma boa parte da discussão da mídia esportiva (e dos torcedores, também) é sobre erros de arbitragem no futebol.
Não há jogo ou lance que não receba uma imediata  crítica a respeito da decisão do árbitro. Não creio que seja possível eliminar do futebol o espaço para erros de interpretação do juiz.

Há erros e erros. Como regra, o árbitro erra para os dois times.
Mas, também, há juízes que se deixam intimidar pelo grito da torcida do time da casa, são os chamados “caseiros”. No entanto, há casos de juízes (por razões várias) querendo decidir a partida no apito. E, em casos raríssimos, há juízes “acertados” com equipes.

Nos dias atuais, creio que há erros de rotina da arbitragem.
Não conheço atualmente casos, como de há  30, 40, 50 anos, em que o referee apitava inferido por forte cor clubísticas.

Hoje, com as TVs marcando em cima todas as jogadas, é dificílimo qualquer equívoco proposital da arbitragem.
Há erros comuns, que favorecem um ou outro lado. “Esquemas”, como o folclore do esporte registra em seu passado, hoje não conheço.

O mais famoso caso de “compra” de ábitro é o da final, no Maracanã, da Copa Intercontinental, entre Santos e Milan.
A desastrosa arbitragem do juiz argentino (a favor do time brasileiro) estava “combinada”. Quem desejar saber detalhes (e são tantos e bem narrados) pode ler a biografia do Almir Pernambuquinho. Lá, sem qualquer constrangimento, ele conta tudo  e explica aquela “estranha arbitragem”.

Mas isso é passado pois, nos dias atuais, qualquer erro é sempre analisado e exposto pela mídia e pelos torcedores.

Aug 1, 2012

Uma quarta-feira sem futebol

Primeiro Hino do Corinthians



Lutar… Lutar…
É nosso lema sempre, para a glória.

Jogar… Jogar…
E conquistar os louros da vitória.
E proclamar nosso pendão.
É alvinegro e sempre há de brilhar,
Lutar, viril
Para a grandeza e glória do Brasil.

CORINTHIANS… CORINTHIANS…

A glória será teu repouso
E nós unidos sempre…
elevaremos teu nome glorioso

 

Jamelão canta Corinthians, Campeão do Centenário (1955) (Billy Blanco)


Jul 31, 2012

Peroba pura !

Hendrick Barentsz Avercamp (1585-1634) (“Uma cena no gelo”, 1625) (Reprodução).
Avercamp era um surdo-mudo, conhecido como “o Mudo de Kampen”. Nascido em Amsterdã, especializou-se em pintar cenas de inverno.
Seu estilo remonta a influências de artistas como Pieter Isaacs e  Pieter Bruegel, o Velho.

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A entrevista do Sr. Carlos Nuzman hoje, 31/7, no Estadão, é de uma hipocrisia só.
Merece medalha de ouro, numa Olimpíada de mentiras.

Como sabemos, a atual direção do Comitê Olimpico Brasileiro (COB )  está no comando há quase duas décadas.
Quando assumiu, prometeu que o Brasil seria – em quatro anos – uma potência olímpica. Decorrido todo este período, conseguiu um enorme número de leis e de incentivos, que deram grana para os esportes olímpicos como o país nunca viu.
De Pequim a Londres foram mais de 2 bilhões, conforme  mostrou o UOL.

Mesmo nadando em grana, os resultados do Brasil são praticamente os mesmo  dos últimos 50 anos, sendo que, em algumas áreas, houve até retrocesso.

Agora o sr. Nuzman diz ao Estadão que  “não se classifica os países no ranking de medalhas por volume de dinheiro investido. Não existe isso”.

A primeira consequência deste afirmação seria o Governo dizer : “que bom, não precisamos gastar tanto”.

Perdeu o Sr. Nuzman a oportunidade de dizer quanto da grana foi destinada para os Clubes, escolas e universidades que mantêm esportes olímpicos. O COB pouco fala da maneira pela qual distribui todos os recursos que recebe do Governo. Veremos que as “Confederações” (ah, esta queridas de Nuzman) abocalham quase tudo, e aqueles que efetivamente sustentam os esportes vivem na pindura.

Há sim uma relação entre gastos e medalhas.
Se forem bem aplicados, os investimentos públicos trarão conquistas, mas, se forem utilizados sob a “fórmula Nuzman”, o quadro será este que estamos vendo.

Vejam o exemplo do Corinthians.
Um Clube que nos últimos 50 anos construiu um conjunto aquático de se fazer inveja. Tem todas as condições para sediar eventos de expressão, com um grande número de excelentes nadadores,  mas o setor vive “correndo atrás de grana” para manter suas instalações e atletas. O dinheiro deveria ser distribuído para entidades como esta (e existem várias, não apenas na cidade de São Paulo, mas em todo o Brasil), que formarão novos campeões.
No entanto,  Corinthians, Pinheiros e outros vivem lutando com poucos recursos, em contraste à realidade do COB, que dispõe de grana por todo lado.

Está mais do que na hora de se mudar este quadro.
E isso começa por alterações profundas no COB e nas Confederações.

Jul 30, 2012

Futebol, dinheiro e medalhas

Marc Chagall (1887-1985) “Velas do Casamento” (1945)  (reprodução)

 

O empate de 0x0 do Corinthians contra o Bahia não foi um bom resultado.
Nada que mude o mundo, mas poderia ter sido uma vitória para colocar o Timão muito próximo do primeiro pelotão do Campeonato. Como não há nenhuma equipe com grande destaque na ponta, uma sequência de vitórias do Timão recolocaria a competição em disputa real.

Vamos torcer para melhores resultados, pois nada está decidido.
E é muito importante que o time dispute com real empenho para o título do Campeonato Brasileiro. Isso ajuda, inclusive, a preparação para a disputa do final do ano pelo Bi-Mundial.

Grana e COB

Essa discussão sobre a escolha do que é prioritário nos esportes olímpicos  está sendo colocada de forma equivocada.
Não há contradição entre “investir na base do esporte” e “preparar-se para conquistar medalhas”  como vem sendo colocado.

A verdade é que o Brasil está gastando o “mundo e o fundo” nestas últimas décadas nos tais esportes olímpicos.
E é urgente estabelecer-se uma cobrança por resultados: medalhas, recordes ou algo assim. Mas o que vem fazendo o Sr. Nuzman é uma “enrolação”,  saltando de uma edição olímpica  para outra, pedindo cada vez mais recursos públicos sem apresentar resultados positivos.

Como sabemos, o Comitê Olímpico Brasileiro recebeu nestes últimos quatro anos mais de 2 bilhões de reais, segundo mostrou oUOL.  
Os esportes olímpicos da Itália recebem metade do que o nosso comitê, mas alcaçam um desempenho muito superior ao brasileiro.

O que quer Sr. Nuzman é uma grana sem cobranças.
Cada vez mais dinheiro e menos exigências.

Está mais do que na hora de se mudar este jogo.
É necessário ser criado um sistema de avaliação,  mostrando a sociedade que seu esforço de recursos está acompanhado de progresso no campo desportivo.
Ficar dando grana sem qualquer cobrança de resultados, em  algum momento, provocará uma revolta dos investidores privados e públicos.

Jul 28, 2012

És do Brasil…. o clube mais brasileiro…. Viva !

Thiago Pereira leva a prata nos 400m medley dos Jogos Olímpicos

 Agência Corinthians 

O sábado começou bem para o Brasil e para o Timão nos Jogos Olímpicos. O nadador Thiago Pereira, atleta do Corinthians, conquistou a medalha de prata nos 400m medley, ficando atrás apenas do norte-americano Ryan Lochte. O tempo oficial dos quatro primeiros colocados na prova foi o seguinte: Lochte (4m05s18), Thiago Pereira (4m08s86), Hagino (4m08s94) e Phelps (4m09s28).

Após a conquista inédita, o atleta fez questão de exaltar o apoio que o Alvinegro deu a ele. – Gostaria de agradecer o Corinthians. Eu disse que era o ano do Timão. Libertadores e medalha olímpica! – declarou Thiago.

Mais cedo, o Brasil já havia conquistado duas medalhas no judô. Sarah Menezes levou o ouro na categoria ligeiro (até 48kg) e Felipe Kitadai ficou com a prata também na categoria ligeiro (até 60kg).

Jul 27, 2012

Uma bela ( e merecida)homenagem

Mais Uma Vez, A Décima Segunda, Na Terra Olímpica.

julho 24, 2012

Sylvio de Magalhaes Padilha leva a bandeira do Brasil em Londres 1.948

Não há como não se emocionar ao pisar mais uma vez na terra Olímpica. Londres está preparadíssima para acolher a festa do esporte mundial. Rendo minhas homenagens ao meu avô, Sylvio de Magalhães Padilha que, por tantos anos liderou com dignidade o Movimento Olímpico do Brasil. Na fotografia deste post, ele aparece como o porta bandeiras da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1.948. A ele devo o gosto pelo esporte e o prazer de praticá-lo. E a visão de que o Olimpismo não é um negócio, mas uma filosofia de vida.

Londres 1.948 foi a primeira vez que a missão do Brasil foi aos Jogos de avião. E também quando houve as primeiras transmissões ao vivo, pelo rádio, na voz do Geraldo José de Almeida. A Europa e particularmente a Inglaterra estava devastada pela Guerra. Tudo era racionado. Havia pouca comida inclusive para os atletas. O pão que não se comia no café da manhã era guardado para o dia seguinte. A delegação feminina do Brasil hospedou-se nos porões de uma casa. Fazia muito frio e choveu na maioria do tempo. Minha avó Yvonne ía todos os dias ao alojamento feminino do Brasil levar um pouco de comida extra que conseguia para as nossas atletas. Os Jogos de 1.948 foram as Olimpíadas da Boa Vontade. Não havia luxo. Mas o evento foi emblemático. Era o ressurgimento do mundo para si próprio. Várias nações voltavam-se a encontrar, frente a frente, lado a lado, após duros anos, para desta vez celebrar a paz, em momentos que somente o esporte pode proporcionar.

Londres 1.948 não é um marco apenas na história olímpica. É um ponto de referência na história da humanidade.

do blog www.albertomurray.wordpress.com

Jul 27, 2012

A crise econômica atinge o futebol!

(Vincent Van Gogh (1853-1890). “Os comedores de batatas”, óleo sobre tela (1885))

A brutal crise na economia, hoje espalhada pelo mundo todo, atinge de forma dura o futebol.
Embora possa parecer uma ficção falar em dificuldades no mesmo momento em que a mídia divulga relatórios e estudos diários, mostrando um mundo azul no futebol, a verdade é outra e está exposta em nossa cara.

Dois dos principais mercados do futebol (Itália e Espanha) estão vivendo um inferno financeiro, que nem mesmo Dante conheceu em sua viagem ao infinito.
Empresas, Bancos, Seguradoras etc todos estão sofrendo prejuízos por vários lados. E o futebol, que sempre viveu de empresas (e também de governos), vai junto com estas organizações.

Na Itália, o quadro é de venda e de dispensa de atletas.
É uma política do barato ruim, médio ou bom. Jogadores – alguns de grande nome – são convidados a procurar outro ninho em troca do não pagamento de salários (atuais ou atrasado) ou multas. Nem se cogita em “vender”, porque (exceto um ou outro Clube) ninguém mais tem a grana necessária para bancar as transferências. As empresa italianas – proprietárias de grandes Clubes – estão correndo atrás de salvação para preservar seu núcleo de negócios, largando ônus como futebol, relegado a “ver navios”.
Os Bancos, tradicionais anunciantes no esporte, estão diariamente solicitando socorro.

A Espanha, com seu campeonato das estrelas, vive um mundo pior do que quando foi destruída sua tal “Armada invencível”, que, como sabemos, era só mera propaganda.
Real e Barça, dois dos maiores destinos de grandes jogadores nas últimas décadas, estão procurando salvar as aparências.
Não têm mais o apoio bancário, que alavancava suas operações galáticas, passando a viver de escambo. Astros destas equipes, que ainda tenham grandes salários, são “convidados” a procurar outro rumo, mesmo em operações nas quais os espanhois nada recebam. Só para livrar-se de contratos pesados.
O caso do Kaká, tão exaltado por aqui, é um exemplo do “pegue sua chuteira e saia por aí” estabelecido pelos espanhois.

Não adianta a mídia brasileira falar em propostas milionárias por nossos jogadores, porque o mercado não está para tudo isso.
Um ou outro caso mostra exceções e não a atual regra do mercado. O PSG francês vive do dinheiro árabe, que sempre se arrisca  por lá. A grana é muito alta (o petróleo  ajuda), mas a  forma instável com que os árabes entram e deixam o futebol não traz muita confiança. Na Inglaterra, sobraram alguns Clubes com recursos, além de proprietários árabes. São os oligarcas do Leste, que já estiveram com a mão mais aberta.
Atualmente, gastam apenas o suficiente para manter um bom clima na ilha e… o passaporte da Rainha, tão querido por eles.

No mais, a crise é grande e nada indica que esteja chegando ao fim.

No Brasil, temos duas consequências claras:  a primeira, trata-se da venda de jogadores para o Exterior, que está minguando e, exceto em um ou outro caso, o negócio é de valor baixo. A  segunda, é a puxada de freio das empresas que investem no futebol no Brasil. Para isso não é preciso ser grande analista para ver que quase todos os grandes Clubes estão sem propaganda nas camisas. E não adianta ganhar ou perder.
Falta é dinheiro mesmo.

O futebol vive aqui e lá fora um momento de grandes dificuldades.
Mesmo com todo tipo de opinião de analistas em sentido contrário. Quem souber viver com menos dinheiro, se dará melhor.
Até a crise passar!

Seleção olímpica

Vi apenas um compacto do jogo da Seleção e sinto que há um desapego enorme pela “canarinho”.
Não sei se é porque tem muito jogador que ninguém tem ideia de onde apareceu ou se é porque há muitos atletas se achando craques sem o ser, mas a verdade mostra que os números de audiência do futebol são os menores que já tivemos.
Foi uma vitória. Só uma vitória.

Empresários na Seleção

Ontem, no Estadão, na Coluna da Sônia Racy (Direto da Fonte), uma nota de esporte chamou a atenção.
Como vem fazendo há tempos, a jornalista dá informações  que habitualmente não são publicadas no Caderno de Esportes. Não me perguntem, porque não sou jornalista e não entendo essa divisão de notícias. Diz a nota “a coluna apurou que o técnico  (Mano Menezes) não gosta do modus operandi de alguns empresários”. Não sei se a nota é “elogiativa” ou “criticativa” , como dizia aquele coronel nordestino. O que estarão fazendo estes empresários que o jornal não publica no Caderno de Esportes?  Ou será que nosso técnico desaprova  alguns (e aprova outros) empresários de jogadores convocados pela Seleção? Não entendi.
O Caderno de Esportes deveria informar melhor sobre isso.